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A Diretoria do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG (ICB) fará duas inaugurações nesta sexta-feira, dia 15/12.

Em cerimônia breve e descontraída, a partir das 10h, a diretora Andréa Mara Macedo entregará à comunidade do ICB o Jardim do Teatro de Arena e a Galeria dos Ex-Diretores.

O jardim, que acaba de ser revitalizado, fica na área frontal do prédio, entre os blocos C e F. O espaço, que apesar de nobre estava subutilizado, recebeu intervenção paisagística, realizada pela equipe de Jardins e Áreas Verdes da UFMG, e tem o objetivo de se tornar um local de encontro e convívio, além de embelezar ainda mais o prédio.

Leia mais: Obras do Jardim da Arena já vão começar, entre os blocos F e C

Antes. Foto: Marcus Vinicius dos Santos Depois. Foto: Marcus Vinicius dos Santos

A Galeria de Diretores, instalada na sala do Diretor, pretende homenagear os dirigentes da Instituição e registrar a contriubição de cada uma das personalidades que ocuparam o cargo.

A Galeria dos Ex-diretores registra o trabalho dos dirigentes e de certa forma agradece pelo seu desprendimento e empenho.

10º Churrascão

No mesmo dia, na sexta (15), logo mais às 13h, será realizado o já tradicional Churrascão do ICB, festa de confraternização dos técnico-administrativos e professores da Casa. Este ano o evento homenageia os 50 anos do Instituto. A participação é por adesão, mas já se esgotaram os ingressos.

Nota à Comunidade

O Instituto de Ciências Biológicas vem manifestar sua profunda indignação e veemente repúdio à violência com a qual a Polícia Federal, endossada pela Justiça, conduziu a operação “Esperança Equilibrista” contra a UFMG no dia 6 de dezembro de 2017.

Este tipo de conduta fere os preceitos constitucionais de cidadania que devem nortear todas as ações investigativas dentro de um Estado democrático de direito.

Ações sensacionalistas como esta podem macular irresponsavelmente a reputação nacional e internacional de um patrimônio científico/cultural do nosso Brasil, construído ao longo de 90 anos de sua história.

Não é mais possível manter o silêncio frente a ataques, com óbvio cunho midiático, que pouco contribuem para esclarecer a verdade sobre as eventuais questões investigadas; mas com grande potencial de lesar nossas Instituições.

Reafirmamos aqui nossa confiança e irrestrito apoio às nossas lideranças e demais membros de nossa comunidade acadêmica diretamente atingidos pela virulência deste infame episódio.

Congregação do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG
Belo Horizonte, 7 de dezembro de 2017

foto icb

 

Luís Figueiredo e Carlos Olórtegui: exame pode ser adaptado ao diagnóstico de outros tipos de micose. Foto: Luana Macieira/UFMG

A paracoccidioimicose, também conhecida como blastomicose sul-americana, é uma doença causada pelo fungo Paracoccidioides brasiliensis. Sistêmica, ela ataca diferentes partes do organismo, como o pulmão, o sistema nervoso central e as glândulas adrenais. É de difícil diagnóstico, pois pode ser confundida com outras doenças como a tuberculose e a pneumonia, e muitos pacientes têm dificuldades para iniciar o tratamento, o que favorece o desenvolvimento do fungo, que causa vários danos à saúde do paciente e pode levá-lo à morte.

Para realizar testes mais rápidos e evitar resultados “falso-positivos”, equipe do Departamento de Bioquímica e Imunologia do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG desenvolveu novo anticorpo para o diagnóstico da paracoccidioimicose, assunto abordado em reportagem da edição 2002 do Boletim UFMG, que circula nesta semana. O método consiste na criação de anticorpos monoclonais, que são aqueles produzidos em laboratório com base em linfócitos gerados por camundongos e cujos sistemas imunológicos foram estimulados pelos antígenos da doença.

“Produzimos novos anticorpos monoclonais para uma proteína específica do fungo. Montamos um modelo de ensaio para capturar o antígeno e o pusemos em contato com o soro do paciente. Juntamos o soro do paciente a esse antígeno e assim removemos as reações cruzadas responsáveis pelos resultados que sugeriam outras doenças”, resume o pesquisador Luís Felipe Minozzo Figueiredo, residente pós-doutoral do Departamento de Bioquímica e Imunologia do ICB e um dos responsáveis pelo estudo.

Figueiredo explica que a doença pode ser diagnosticada de outras duas maneiras: pelo  método padrão, em que os médicos analisam amostras de escarro e fluidos corporais do paciente com os sintomas, buscando visualizar o fungo em microscópio ou por cultura do fungo em laboratório, e pelo método, – também empregado em hospitais – que consiste no diagnóstico por meio de exame sorológico. Nesse caso, os médicos extraem amostras sanguíneas do paciente e procuram identificar o anticorpo para o fungo.

“Os dois processos são muito demorados. No exame feito com o escarro e os fluidos, além do tempo necessário para que a amostra seja cultivada em laboratório, nem sempre essa amostra vai apresentar fungos para crescimento ou visualização. Já no exame sanguíneo, o paciente pode ter a doença, mas seu corpo pode não produzir os anticorpos para combatê-la (pacientes imunocomprometidos). Assim, o exame dá negativo”, explica Luís Felipe.

O coordenador do estudo, professor Carlos Delfin Chávez Olórtegui, do Departamento de Bioquímica e Imunologia do ICB, acrescenta que o novo exame é feito em apenas quatro horas e pode ser adaptado a outros tipos de micose. “A metodologia já havia sido testada antes, mas os pesquisadores não tinham conseguido eliminar totalmente os ‘falso-positivos’. Nossa pesquisa é inédita, porque chegamos a uma alta especificidade do anticorpo monoclonal responsável por todo o sucesso do diagnóstico. Como ­nosso antígeno era mais puro, o anticorpo que desenvolvemos é mais eficiente.”

A pesquisa, iniciada em 2013 com a tese de doutorado de Luís Felipe Minozzo Figueiredo, está sendo realizada em parceria com o Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicas (CPPI) do Paraná e com a Universidade Federal do Paraná (UFPR). Os estudos ainda não foram finalizados. “Agora buscamos aprimorar os reagentes para acelerar o processo. Já detectamos o anticorpo no paciente e perseguimos um modo de identificar também o antígeno liberado do fungo dentro do organismo. Normalmente demora para que o anticorpo antifungo apareça no exame de uma pessoa infectada. Queremos detectar o fungo para confirmar o processo de diagnóstico”, antecipa o professor Carlos Chávez Olórtegui.

Subnotificação

A paracoccidioimicose é uma doença que ocorre apenas na América Latina, e o Brasil é responsável por 80% dos casos. Aqui, a doença é a oitava causa de mortalidade por doença infecciosa predominantemente crônica entre as enfermidades infecciosas e parasitárias.

Segundo Luís Felipe, como a doença não é de notificação compulsória no país, os dados relativos ao número de pacientes em tratamento não são representativos. A doença acomete pessoas cujas profissões envolvem manejo do solo, como agricultura, transporte de produtos vegetais, terraplenagem e jardinagem. Esses trabalhadores respiram os esporos do fungo e contraem a infecção, geralmente nas duas primeiras décadas de vida. No entanto, a evolução e a manifestação do micro-organismo costumam aparecer mais tarde, entre os 30 e 50 anos de idade.

A paracoccidioimicose integra o rol das doenças negligenciadas e alcança uma população de baixa renda, principalmente os trabalhadores do campo. “Um novo método de diagnóstico que aumente a sensibilidade e a especificidade do teste poderá atender a uma parcela da população que sofre com a micose. Quando não tratados, os pacientes podem ter fibrose pulmonar e perder capacidade respiratória”, afirma o pesquisador.

Além disso, o fungo causador da paracoccidioimicose consegue se multiplicar rapidamente em pacientes com o sistema imunológico debilitado, como os portadores de HIV. “As pessoas acham que a micose é uma doença simples de pele, mas há tipos perigosos que afetam órgãos internos. Daí a necessidade de um diagnóstico cada vez mais rápido e eficiente”, defende Figueiredo.

(Texto de Luana Macieira / Boletim UFMG 2002 - https://ufmg.br/comunicacao/publicacoes/boletim/edicao/antartica-aqui/sem-margem-para-o-falso-positivo-1)

Para além dos grandes blocos de gelo, um cenário inigualável se revela: o céu azul e o mar revolto compõem belos visuais de um dos pontos mais extremos da Terra. É um engano pensar que a Antártica só abriga pinguins e alguns poucos pesquisadores, que ousam pisar naquelas terras gélidas, com média de temperatura de -10º Celsius no verão. O continente ao extremo sul do planeta é um território de potencial exploração, com rotas que levam a condições extremas, mas que também podem revolucionar o pensamento humano sobre a Terra. Quem quiser embarcar nessa aventura não precisa entrar num avião de carga da Força Aérea Brasileira ou ficar dias enclausurado em um navio. A nova exposição temporária do Espaço do Conhecimento UFMG, Expedição Antártica, promete deixar Belo Horizonte congelante. Uma parceria com a Unimed-BH e o Instituto Unimed-BH, a mostra será lançada no dia 7 de dezembro e ficará aberta ao público até abril de 2018.

Mais informações estão disponíveis no site www.espacodoconhecimento.org.br ou pelo telefone (31) 3409-8350. O Espaço do Conhecimento fica na Praça da Liberdade, 700, Funcionários.

A exposição foi desenvolvida em conjunto com as equipes dos projetos de pesquisa da UFMG MycoAntar, Paisagens em Branco e MediAntar, que realizam estudos de biologia, arqueologia e medicina polar, respectivamente. A Universidade mineira é a que mais tem pesquisas no local entre instituições brasileiras, o que tem rendido bons resultados, pouco conhecidos pela população.

Há três décadas em viagens pelo continente mais frio do mundo, alguns pesquisadores da UFMG voltaram o olhar para as escalas microscópicas: vive ali uma comunidade enorme de fungos que pode, por exemplo, auxiliar na produção de medicamentos. Outros estudam vestígios das primeiras ocupações humanas no continente. Já os médicos e educadores físicos monitoram os parâmetros fisiológicos do corpo e do seu esforço nas condições extremas da Antártica e os aspectos psicológicos de quem habita um espaço vasto e isolado do resto do mundo.

Visitantes a bordo

A chegada à exposição já cria uma cena inesperada: a entrada por um túnel revela as dificuldades de se chegar à Antártica, que só é acessível por avião ou navio. Por esse espaço estreito, o visitante começa a perceber como é a experiência de estar no Polo Sul. A temperatura baixa e o excesso de branco do gelo promovem a sensação do frio extremo e da imensidão de um lugar pouco explorado.

A mostra está configurada no formato de um mapa expandido da Antártica, em que o público participa ativamente da expedição. Cápsulas sensoriais simulam as condições extremas: o vento forte, a dificuldade de andar na neve e a escuridão que se perpetua por seis meses no ano nas áreas mais continentais. O Planetário completa essa visita pelo continente gelado com uma sessão imersiva que mostra imagens produzidas durante expedições científicas.

O Espaço do Conhecimento UFMG estimula a construção de um olhar crítico acerca da produção de saberes. Sua programação diversificada inclui exposições, cursos, oficinas e debates. Integrante do Circuito Liberdade, o museu é fruto da parceria entre a UFMG e o Governo de Minas. O Espaço está subordinado à Diretoria de Ação Cultural (DAC) da universidade, é amparado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura e conta com patrocínio da Unimed-BH e do Instituto Unimed-BH.

Serviço

Exposição Expedição Antártica
Quando: De 7 de dezembro de 2017 a 29 de abril de 2018
Onde: 2º andar do Espaço do Conhecimento UFMG – Praça da Liberdade, 700, Funcionários, BH
Entrada gratuita

(Comunicação Institucional do Espaço do Conhecimento UFMG - (31) 3409-8352 / 9 7142-3287 - espacoufmg.comunicacao@gmail.com - www.espacodoconhecimento.org.br)

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