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o que é ser biólgo 1Novatos vão escolher os melhores trabalhos de colegas que ingressaram no curso no primeiro semestre de 2023

Os estudantes que irão ingressar no curso de Ciências Biológicas da UFMG a partir do próximo dia 14 de agosto serão recepcionados com um concurso de vídeos sobre o tema “Introdução às Ciências Biológicas”. Por meio de uma votação nas redes sociais, eles poderão escolher o melhor trabalho produzido pelos colegas que começaram o curso no semestre anterior e ainda se informar sobre conceitos básicos da área que escolheram para cursar o ensino superior.

Participando do júri popular para eleger a melhor produção, os calouros terão acesso a uma série de vídeos sobre a Biologia, a profissão do Biólogo e o curso de Ciências Biológicas oferecido pela UFMG. “Nosso objetivo é dar as boas-vindas apresentando conceitos básicos de um jeito mais leve, para que o aluno possa se situar com tranquilidade no início do período letivo”, comentou o professor Carlos Renato Machado, coordenador do curso.

Ao todo, serão disponibilizados 24 vídeos, com duração de 2 a 5 minutos, todos desenvolvidos como atividade da disciplina de Introdução às Ciências Biológicas pelos estudantes que entraram no curso no primeiro semestre de 2023. “Por meio dos vídeos, os veteranos demonstram aos calouros o que aprenderam no primeiro período. Acreditamos que essa conexão pode favorecer uma maior integração entre eles no dia a dia ao longo do curso”, ressaltou o Carlos Renato.

Os vídeos irão a júri popular no período de 16 a 30 de agosto, pelo Youtube. Serão escolhidos pelo número de curtidas no Canal do ICB UFMG o trabalho mais votado no geral e o mais votado de cada turno (diurno e noturno). O resultado será divulgado no dia 1º de setembro, em comemoração ao Dia do Biólogo, celebrado no dia 3. Os três vídeos vencedores serão postados no perfil do Instituto no Instagram @icbufmg. “A publicação dos trabalhos dos estudantes nas redes sociais também é uma forma de colaborar para ampliar a acessibilidade ao curso de Ciências Biológicas, divulgando-o fora da UFMG”, completou.

A produção de vídeos na disciplina Introdução às Ciências Biológicas faz parte da dimensão extensionista da graduação, conforme estabelecem o Plano Nacional de Educação (PNE) e o Conselho Nacional de Educação, a partir do primeiro semestre letivo de 2023. Ela busca integrar a formação em extensão às atividades acadêmicas curriculares oferecendo aos estudantes a base para que desenvolvam uma atuação ética, em acordo com as necessidades da sociedade.

A atividade de boas-vindas aos novatos está sendo preparada pelo Colegiado de Ciências Biológicas com apoio da Assessoria de Comunicação e Divulgação Científica.

WhatsApp Image 2023 07 27 at 15.37.57Temperatura e derretimento do Pólo Norte assusta coordenador da expedição, professor Luiz Rosa


As condições climáticas assustaram o coordenador da primeira expedição oficial do Brasil ao Ártico, professor Luiz Henrique Rosa, pesquisador do Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG. De volta ao Brasil, depois de passar mais de dez dias no extremo norte do planeta, o cientista alerta: o derretimento do Ártico é irreversível. O que está acontecendo lá pode acontecer com a Antártida e isso irá impactar todos os seres vivos.

“Nós fomos acima do limite do círculo polar ártico, 78N, muito próximo do pólo, e a temperatura alta, 15 graus durante 24 horas-luz”, relatou o cientista que também é membro do Comitê Nacional de Pesquisas Antárticas (CONAPA) do Programa Antártico Brasileiro. “O verão descongela o gelo marinho. O inverno faz congelar novamente. A cada ciclo o congelamento é menor. Os polos regulam a temperatura de todo o planeta, que está perdendo a influência do Ártico”, explicou. Ele acredita que o mesmo fenômeno pode acontecer na Antártida e que, dada sua maior proximidade, “vai impactar mais a gente”.

A observação do efeito das mudanças climáticas no Ártico, “que eu ainda não tinha visto in-situ, liga um alerta para ficarmos muito preocupados”, afirma o coordenador do laboratório temático de Microbiologia Polar do INCT da Criosfera. De acordo com o pesquisador, elas refletem em tudo, desde os organismos que habitam determinadas regiões até a economia.

“O derretimento do gelo marinho eleva o nível do oceano no mundo inteiro. Há nações que vão sofrer com isso, ilhas já estão se perdendo, ficando submersas, gerando imigração”, exemplifica. Ele também cita a perda da biodiversidade. “Organismos que só vivem nesses ambientes não vão sobreviver. E outros, que estão congelados há muito tempo, podem se desprender, originando novas pragas e doenças. Não sabemos o que vai acontecer”, lamenta.

WhatsApp Image 2023 07 27 at 15.37.57 1PROSPECÇÃO

A primeira expedição oficial do Brasil ao Ártico, na avaliação do professor Luiz Rosa, foi “um sucesso e alcançou seus objetivos”, o que dará origem a vários trabalhos. “Fizemos um ‘raio x’ e pudemos conhecer a logística para estarmos presentes na região. Também conseguimos coletar a maior parte das amostras que estabelecemos como meta, solo, plantas, rochas, exceto neve e Permafrost (camada de solo, em tese, permanentemente congelado)”, completou.

De acordo com o professor Luiz Rosa, o descongelamento dessa camada de solo implica a liberação de metano produzido por bactérias presentes no Permafrost, o que aumenta o efeito estufa, e de organismos cujas consequências do contato com o resto do planeta são desconhecidas.

RESULTADOS

O processamento de parte do material coletado teve início durante a viagem. “Improvisamos um laboratório no hotel e extraímos o DNA (chamado ambiental) do próprio substrato para identificar a biodiversidade presente nas amostras”, contou o professor Luiz Rosa. A expectativa é de que até o fim do ano já se possa conhecer os resultados dessa etapa do trabalho. As amostras originais ainda estão em trânsito para uma próxima fase, “identificar os organismos vivos ali presentes”.

Chefe do Laboratório de Microbiologia Polar e Conexões Tropicais (MicroPolar) do Departamento de Microbiologia do ICB UFMG, Luiz Rosa revelou que há um interesse em verificar a existência de substâncias com potencial de uso como herbicidas, detergentes, anticongelantes, pigmentos, que podem ser aplicados, por exemplo, na agricultura e na indústria.

COLABORAÇÃO

A missão diplomática da primeira expedição oficial do Brasil ao Ártico também teve resultados positivos. Assim que chegaram a Oslo, os pesquisadores brasileiros foram recebidos por diplomatas na embaixada do Brasil para dar continuidade a tratativas iniciadas antes da viagem. “Cientistas de outras nacionalidades que pesquisam na região demonstraram o interesse na interação com nosso País”, afirmou Luiz Rosa. A perspectiva é de que uma nova expedição, conjunta, aconteça no próximo ano, a depender de recursos financeiros.

WhatsApp Image 2023 07 27 at 15.37.57 2PARALELO 60

A expedição ao Pólo Norte vai se transformar em um documentário, definido pelo professor Luiz Rosa como um marco para a ciência brasileira. Com o tema “Paralelo 60: ciência do Brasil nos pólos do planeta”, a produção deve ser lançada no segundo semestre de 2024 e será exibida inicialmente pela TV Minas. Ao todo serão 13 capítulos, cada um com 26 minutos, sendo dois deles exclusivamente destinados ao Ártico. As gravações continuam no segundo semestre desse ano na Antártida.

VOLTA AO ÁRTICO

Uma segunda expedição ao Pólo Norte já está sendo planejada, com perspectivas de se realizar no inverno para que os cientistas possam fazer o monitoramento do ar, coletar amostras que não foram possíveis na primeira como a neve e comparar os achados que trouxeram no verão.

A primeira expedição oficial do Brasil ao Ártico aconteceu entre os dias 8 e 21 de julho de 2023, com a participação da bióloga Vivian Nicolau Gonçalves, também do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG; Paulo Eduardo Câmara e Michelini Carvalho-Silva, da Universidade Federal de Brasília (UnB) e Marcelo Ramada, da Universidad Católica de Brasília (UCB) e o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e Marinha do Brasil.

Redação: Dayse Lacerda
Imagens: Luiz Rosa

Solenidade.Prof.Paulo.Marcos.Zech Credito Marcus Vinicius Santos Comunicação ICBUFMG 2Muita gratidão e elegria na solenidade de entrega do título de Sócio Honorário da SBP ao professor Paulo Zech (no centro, ao alto, de camisa branca e paletó escuro) aconteceu no Centro de Atividades Didáticas de História Natural da UFMG. Foto: Marcus Vinicius dos Santos - Comunicação ICB CLIQUE NA FOTO PARA AMPLIAR Pioneiro em sua área, o professor Paulo Marcos Zech Coelho, recebeu, nesta quarta, dia 12 de julho, o título de Sócio Honorário da Sociedade Brasileira de Parasitologia (SBP).


mesa.paulo.zech Marcus Vinicius ACBioNa mesa de honra, os professores Paulo Marcos Zech Coelho, Roberto Sena Rocha (Diretor do Instituto René Rachou Fiocruz), José Mauro Peralta (Presidente SBP) e o diretor do ICB UFMG, Ricardo Gonçalves A maior comenda dessa entidade representativa é conferida a expoentes da especialidade, por sua contribuição à ciência e à formação de novos pesquisadores. A solenidade de concessão do título e entrega da placa comemorativa ocorreu em evento exclusivo, realizado no auditório do Centro de Atividades Didáticas de Ciências Naturais da UFMG (CAD 1), no campus Pampulha, em Belo Horizonte.

Formado em Farmácia, em 1968, pela UFMG, Paulo Zech é professor emérito da UFMG e pesquisador emérito da Fundação Oswaldo Cruz. Talvez seja adequado considerar que sua trajetória científica começa como aluno da primeira turma do curso de pós-graduação do Departamento de Parasitologia da UFMG, onde defendeu a tese número 1 do curso, nos idos de 1970.

Nesse caminhar, ele teve a oportunidade de ser orientado por alguns das maiores referências internacionais no campo da Medicina Tropical, os professores José Pellegrino e, também, Giovanni Gazzinelli.Dedicou-se ao estudo da esquistossomose, doença parasitária conhecida também como xistose ou barriga d'água. Além de ter sido professor do departamento de Parasitologia, após sua aposentadoria iniciou nova carreira no Instituto René Rachou (Fiocruz Minas), à frente do Laboratório de Esquistossomose do Instituto René Rachou-Fiocruz Minas. Zech substituiu na direção do Laboratório o médico e pesquisador Naftale Katz, cocriador do método Kato-Katz de diagnóstico quantitativo de esquistossomose, o qual, outro orientado do professor Pellegrino, também influenciou positivamente a trajetória do homenageado. Katz participou da cerimônia, na UFMG.

ENTREVISTA

Você pode saber um pouquinho mais sobre a importância dessa homenagem assistindo ao vídeo publicado nas redes sociais do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG pela sua Assessoria de Comunicação. Participaram do vídeo, os membros da mesa, professores Paulo Marcos Zech Coelho (Sócio Honorário da SBP), Ricardo Gonçalves (Diretor do ICB UFMG), José Mauro Peralta (Presidente SBP), Roberto Sena Rocha (Diretor do Instituto René Rachou/Fiocruz), e o médico Naftale Katz (Pesquisador Emérito da FIOCRUZ).

.Assista em @icbufmg

mathildeCelebração da Missa de Sétimo Dia será nesta terça-feira, às 19h, na Paróquia São Pedro Apóstolo, Bairro Floresta.

Sergio.pena Foca.LisboaSérgio Pena se declarou como "UFMG pelo resto da vida!" - Fotos: Foca Lisboa | UFMGO médico geneticista Sérgio Danilo Pena, que foi docente da UFMG de 1982 a 2021, recebeu, no auditório da Reitoria, o título de professor emérito. Com seus estudos, o professor contribuiu para desmitificar, do ponto de vista biológico, o conceito de raça.

 

“A UFMG é parte integral de minha vida desde os 17 anos. Aprendi que aprender é um processo contínuo e interminável. Estudei, estudei e, hoje, continuo a estudar. Aprendi que pesquisar e ensinar os outros a fazer o mesmo é necessário e gratificante. Com orgulho, continuarei sendo da UFMG para o resto da vida”, declarou o homenageado.

A trajetória científica de Sérgio Pena foi especialmente marcada pelo desenvolvimento de importantes pesquisas sobre a composição genética da população brasileira — cujos resultados desmentiram a validade do conceito de raça, do ponto de vista biológico.

PROTAGONISMO COMPARTILHADO

Nas palavras da professora Élida Rabelo, o homenageado tem como

característica marcante o hábito de “conceder protagonismo aos membros de seu grupo de pesquisa”. “Um de seus maiores feitos foi congregar pessoas; pessoas bem formadas e com senso crítico em relação ao fazer científico, que estão multiplicando ensinamentos para as novas gerações”, ela disse.

Elida.Rabelo Foca LisboaÉlida Rabelo: pioneirismo

Ainda de acordo com a professora, Sérgio Pena foi um dos pioneiros na aplicação da ciência básica em produtos para a comunidade. “Conciliou, de forma exemplar, o trabalho na instituição pública com o da sua própria empresa. Isso gerou enormes benefícios para ambos os lados”, comentou a ex-colega.

O professor Geraldo Brasileiro, da Faculdade de Medicina, definiu o novo emérito como “intelectualmente brilhante, inquieto, inovador, otimista e dedicado”. “Ele sempre busca a melhor qualidade naquilo que faz. É intolerante com o que é malfeito e com a falta de compromisso. Tais qualidades são o passaporte para os avanços civilizatórios e servem de forte incentivo para os jovens”, declarou.

Para a reitora Sandra Regina Goulart Almeida, ao reconhecer a “exemplaridade da carreira” de Sérgio Pena, a UFMG sinaliza suas expectativas para as futuras gerações. “Que busquem sempre construir uma universidade de referência, com impacto para a ciência e a sociedade, e que abracem a causa do avanço do conhecimento e da interação com a sociedade.”

Sérgio Pena é, segundo a reitora, a perfeita representação do conceito de professor emérito para a UFMG, pois “dedicou-se incondicionalmente às missões precípuas da instituição: a pesquisa, o ensino e a extensão”.

TRAJETÓRIA

Sandra.Goulart Foca LisboaSandra Goulart: dedicação às missões precípuas da instituição O professor ingressou na UFMG em 1964, como pré-vestibulando do Colégio Universitário. Em seguida, cursou a graduação em Medicina, concluída em 1970. Foi assistente da Universidade Mcgill, em Montreal, no Canadá, antes de retornar ao Brasil, em 1982, para assumir, por meio de concurso, o cargo de professor associado — e, posteriormente, titular — no Departamento de Bioquímica e Imunologia da UFMG.

Seu doutorado foi concluído no Department of Human Genetics da University of Manitoba, no Canadá, e o pós-doutorado, no Institute for Medical Research, em Londres. Na área de Genética Humana e Médica, atuou, principalmente, em temas como diversidade genômica humana, formação e estrutura da população brasileira e aplicação de testes baseados na PCR para diagnóstico de doenças humanas.

Foi membro titular das academias Brasileira de Ciência (ABC), Mundial de Ciências (Twas) e Mineira de Medicina (AMM) e da Sociedade Mineira de Pediatria (SMP).

Recebeu dos presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva o título de Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico da Presidência da República e a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico. Também foi condecorado com a Grande Medalha da Inconfidência e com a Medalha do Mérito da Saúde pelo governo de Minas Gerais.

Sérgio Pena registrou, nos Estados Unidos e no Brasil, sete patentes técnico-científicas. Ele presidiu a Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular, o Programa Latino-Americano do Genoma Humano e o Comitê Sul-Americano do Projeto de Diversidade Genômica Humana.

Atualmente, assina uma coluna mensal na revista Ciência Hoje, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SPBC).

autoridades.FOca LisboaRonaldo Pena (reitor na gestão 2006-2010), o vice-reitor Alessandro Fernandes, o professor emérito Sérgio Pena, a reitora Sandra Goulart, a vice-diretora do ICB, Élida Rabelo, e o diretor, Ricardo Gonçalves

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Redação: Matheus Espíndola, Agência de Notícias da UFMG

 

 

 

 

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