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medieval 569665 1280Pesquisadora do departamento de Química se une ao INCT Leveduras para investigar processo fermentativo da bebida considerada “sagrada” no passado pelos povos nórdicos

Tradicional na cultura nórdica, mas ainda pouco consumida no Brasil, uma mistura de mel, água, leveduras e nutrientes – o hidromel começa a ganhar importância no cenário econômico de bebidas fermentadas. Desenvolvido por pequenos produtores artesanais, o produto já é vendido no exterior e tem potencial para gerar ainda mais benefícios econômicos para o país.

Num contexto de legislações ainda pouco descritivas, a valorização do hidromel depende, entretanto, da qualidade e da padronização da sua produção, entre outros fatores, explica Ludmilla Sousa Lopes (http://lattes.cnpq.br/0874509043342728), doutoranda do Departamento de Química da Universidade Federal de Minas Gerais.

“Para isso, é necessário desenvolver métodos analíticos avançados de quantificação de etanol e acidez volátil presente na bebida”, aspecto que se tornou objeto de um estudo que ela desenvolve em parceria com o laboratório sede do INCT Leveduras no Instituto de Ciências Biológicas, coordenado pelo biólogo e professor Carlos Rosa.

O processo fermentativo é outro aspecto da investigação realizada por Ludmilla Lopes, sob a orientação do professor Bruno Gonçalves Botelho. “Buscamos compreender a influência de algumas frutas brasileiras, tipos de méis e diferentes cepas de leveduras na cinética de fermentação e nos atributos sensoriais do hidromel”, completa. Para alcançar seus objetivos, a pesquisadora faz uso de técnicas como a cromatografia gasosa visando à caracterização do hidromel.

VINHO DE MEL

O hidromel é uma bebida que, de acordo com a legislação brasileira, possui uma graduação alcoólica que varia entre 4% e 14%. “Se você pensar no processo de produção, é bem parecido com o que acontece na fabricação do vinho, só que, em vez de uvas, usamos o mel como ingrediente principal, e, por conta dessa semelhança, o hidromel também é bem conhecido por “vinho de mel", descreve Ludmilla Sousa Lopes.
A “magia” do hidromel está na sua versatilidade, pois é possível incorporar uma infinidade de ingredientes adicionais, como frutas, ervas e especiarias, durante o processo de fermentação. Essas adições proporcionam uma riqueza de aromas e sabores que resultam em diferentes estilos. A combinação dos elementos, juntamente com fatores como o tipo de levedura utilizada e o tempo de fermentação, permite que os produtores criem uma ampla gama de variações da bebida, desde as mais doces e frutadas até as mais secas e complexas.

PROCESSO PRODUTIVO

O processo de produção do hidromel em si é bem simples, começa com a diluição adequada de mel em água, a adição de nutrientes, a inoculação das leveduras, além de possível adição de outros ingredientes que agregam características sensoriais à bebida . A partir daí é só acompanhar o processo de fermentação em temperaturas controladas e realizar as etapas posteriores de clarificação e maturação.

Segundo Ludmila Lopes, o mel, principal componente da bebida, contém uma variedade de compostos com propriedades antioxidantes o que, agrega ao hidromel potenciais propriedades benéficas para o metabolismo humano. Apesar de suas propriedades promissoras, a pesquisadora afirma que o mel, muitas vezes, é considerado uma matriz deficiente em nutrientes essenciais para as leveduras.

“Consequentemente, um dos maiores problemas enfrentados por produtores de hidromel são as fermentações lentas ou paralisadas, além de elevados tempos de maturação”, ressalta. Na literatura, a maioria dos trabalhos tem se concentrado em diferentes tecnologias para a melhoria dos parâmetros de produção do hidromel.

LUA DE MEL

Uma das curiosidades sobre o hidromel vem da antiga tradição nórdica. Os casamentos eram celebrados com abundantes quantidades da bebida. O seu consumo durante as festas simbolizava a doçura e a felicidade do novo casal. Além disso, era comum que os recém-casados bebessem hidromel durante o primeiro mês de casamento (durante uma lua), o que, ao longo do tempo, deu origem à expressão "lua de mel", utilizada até hoje.

Redação: Dayse Lacerda - jornalista na ACBio

premioteses1Fábio Delolo, Priscila Musa e Guilherme Miranda ganharam o Grande Prêmio em suas respectivas áreas Foto: Foca Lisboa | UFMGFábio Delolo, Priscila Musa e Guilherme Miranda ganharam o Grande Prêmio em suas respectivas áreas Foto: Foca Lisboa | UFMG

Guilherme Miranda (na foto, à direita) venceu na área de Ciências Agrárias, Ciências Biológicas e Ciências da Saúde, dentre 27 concorrentes na mesma categoria

O pesquisador Guilherme Miranda, do Programa de Pós-graduação em Parasitologia, do Instituto de Ciências Biológicas, recebeu o Grande Prêmio de Teses da UFMG 2023, na área de "Ciências Agrárias, Ciências Biológicas e Ciências da Saúde".

A cerimônia de revelação dos premiados foi realizada na noite desta quarta-feira, 25 de outubro, no auditório da Reitoria, como parte das atividades da 32ª Semana do Conhecimento.

Além do trabalho do ICB, foram selecionados também, em duas outras categorias, Fábio Godoy Delolo, do curso de Química, na área de "Ciências Exatas e da Terra e Engenharias", e Priscila Mesquita Musa, do curso de Arquitetura e Urbanismo, na área de "Ciências Humanas, Ciências Sociais Aplicadas, Linguística, Letras". Este ano foram indicadas 62 pesquisas de doutorado, por seus respectivos programas de pós-graduação. A seleção dos vencedores, em cada uma das grandes áreas do conhecimento, foi feita por Comissão instituída pela Câmara de Pós-graduação da UFMG.

AVANÇO NO COMBATE À ESQUISTOSSOMOSE

Orientado pela professora Deborah Aparecida Negrão-Corrêa, “Caracterização morfológica, genética, parasitológica e imunopatológica de um isolado de Schistosoma mansoni obtido do roedor silvestre Holochilus sciureus", descreve o processo de isolamento da linhagem HS do parasito Schistosoma mansoni, o agente etiológico da esquistossomose, doença parasitária responsável por elevadas taxas de mortalidade e morbidade em humanos.

De forma comparativa o pesquisador avaliou aspectos morfológicos e genéticos do parasito isolado, além da cinética parasitária e da resposta imunopatológica induzida pela linhagem HS e pela linhagem LE (originalmente isolada de humano) durante infecções experimentais em camundongos BALB/c e caramujos Biomphalaria glabrata. Os dados da pesquisa demonstraram que esses camundongos e caramujos suportam a manutenção de S. mansoni isolado de H. sciureus em condições de laboratório.

Além do ser humano, algumas espécies de roedores silvestres também são suscetíveis ao parasito, e as sucessivas infecções nesses animais podem favorecer a seleção de novas linhagens de S. mansoni, cujo impacto na morbidade, transmissão e controle da esquistossomose ainda é desconhecido. “A partir desse conhecimento, foi possível caracterizar o perfil genético da linhagem HS e demonstrar que ela apresenta características morfológicas próprias e padrões parasitológicos e imunopatológicos diferenciados que podem favorecer sua transmissão e induzir maior gravidade da esquistossomose”, explica o pesquisador na sinopse do trabalho.

HOMENAGENS

O evento foi marcado por homenagens, como a que foi feita pela professora Isabela Pordeus, pró-reitora de Pós-graduação, ao egresso Gustavo Henrique de Matos Pereira, doutor em Odontologia pela UFMG. Outro destaque foi a homenagem à servidora Zélia Pires da Silveira, da área administrativa da Pró-reitoria de Pós-graduação, que se aposentou depois de 35 anos de dedicação à UFMG.

Na ocasião, a pró-reitora Isabela Pordeus traçou um breve diagnóstico da pós-graduação da UFMG, composta por 90 programas - 11 na modalidade profissional e 79, na acadêmica. Ela destacou que na última avaliação da Capes, a UFMG teve 75% de seus programas (mestrado e doutorado) considerados de excelência. “Isso distingue a UFMG de outras instituições”, afirmou, destacando a “relevância, o impacto e o conhecimento gerado por elas”.

Para mostrar o quanto o conjunto dos trabalhos está sintonizado com as questões contemporâneas, Pordeus leu alguns títulos de teses premiadas em áreas como ciências de alimentos, saneamento e recursos hídricos, economia e ciência política, afeitos ao tema da Semana do Conhecimento – Desenvolvimento sustentável e democracia na era na Inteligência Artificial.

RESPONSABILIDADE DE CADA UM

premioteses2Sandra Goulart - Em seu discurso, Sandra Goulart estendeu a homenagem às gerações que construíram a pós-graduação na UFMG - Foto: Foca Lisboa/UFMGPresidindo a mesa de honra, a reitora Sandra Regina Goulart Almeida lembrou que, por trás da concepção do prêmio, criado em 2006, “reside um histórico, uma herança institucional, que remonta a sucessivas gerações", afirmou, lembrando ainda que essas gerações se empenharam em construir a pós-graduação na UFMG e “consolidar os vários programas nas mais diversas áreas do conhecimento”.

Ainda na visão da reitora, a homenagem aos autores das melhores teses defendidas em 2022 deve ser estendida a “todos e todas que construíram esta história e este legado do qual tanto nos orgulhamos”. Ela chamou a atenção para a responsabilidade de toda a comunidade da UFMG – servidores docentes, técnico-administrativos e estudantes – pela construção de “uma universidade pública de qualidade e de relevância, respeitada por seus pares, pela seriedade, compromisso e dedicação ao ensino e à produção, divulgação, transmissão de conhecimentos e pela interação com outros saberes, sempre de forma diversa e cada vez mais relevante para a sociedade”.

Ao se dirigir aos agraciados com o Prêmio UFMG de Teses, Sandra Goulart os qualificou como “modelos de dedicação, tenacidade e superação”, “exemplos significativos das possibilidades oferecidas pela Universidade e de seu compromisso com uma educação pública e gratuita, de qualidade e de relevância, em sintonia com os desafios do nosso tempo”, afirmou.

Ela também lembrou os desafios, voltando a citar os recorrentes cortes de recursos que atingem não só as universidades públicas, mas também as agências de fomento. A reitora classificou a luta por recursos para as universidades públicas e para a área de pós-graduação e pesquisa como incansável: “Investimentos! Não gastos!”, salientou.

 

Redação: Marcus Vinicius dos Santos, exclusivamente com informações da Agência de Notícias da UFMG e fotos de Foca Lisboa - UFMG.

Imagem do WhatsApp de 2023 07 05 às 17.21.08 301e748aProposta de cientistas do ICB UFMG é desenvolver um protótipo de medicamento para covid-19 a partir da associação de dois mucolíticos cuja segurança já estão consolidadas pelo uso

A Unidade de Inovação em Fármacos e Vacinas (Farmavax), uma das três iniciativas da UFMG junto a Embrapii - Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial -, já está pronta para iniciar as pesquisas clínicas, voltadas para avaliar segurança e eficácia, de um potencial novo medicamento contra covid-19.

Os princípios e evidências científicas que demonstram o uso associado de dois mucolíticos - bromelina e acetilcisteína - como possível medicamento contra doenças respiratórias graves, estão descritos no artigo “Atividade mucolítica e anti-inflamatória ex-vivo de BromAc em aspirados traqueais de covid-19”, publicado na revista Biomedicine and Pharmacotherapy, em abril do ano passado.

O trabalho demonstra que, juntos, os dois medicamentos apresentam atividade anti-inflamatória e antiviral, com fortes indícios pré-clínicos de se tornar alternativa farmacológica inovadora.

Liderado pela pesquisadora Jordana Coelho dos Reis, o projeto é desenvolvido pela equipe do Laboratório de Virologia Básica e Aplicada do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG (parcialmente na foto, ao lado), junto ao Centro de Tecnologia em Terapias Avançadas e Inovadoras (CT Terapias), sendo este, por sua vez, coordenado pelo professor Mauro Martins Teixeira, do departamento de Bioquímica e Imunologia do ICB. O foco das investigações está voltado para identificar novas moléculas e seus mecanismos de ação; veiculação de fármacos, ácidos nucleicos e vacinas; ensaios pré-clínicos e clínicos iniciais em condições de boas práticas de laboratório e pesquisa clínica.

Segundo Jordana Reis, foram cerca de 12 meses para análise e aprovação do projeto pela Embrapii, uma iniciativa voltada para “a inovação nas empresas por meio do apoio à pesquisa e à transferência de tecnologias em altos graus de maturidade”. A partir da formalização do apoio da Empresa, a pesquisa pode ser cofinanciada pela Mucpharm, empresa da Austrália, representada no Brasil pela indústria farmacêutica Hipolabor, além de Sebrae e a startup 4WBiotech. O valor necessário estimado é de cerca de R$ 2,5 milhões.

Executadas as fases de tramitação dos processos necessários, incluindo a liberação dos recursos iniciais e as autorizações dos órgãos de regulação ética de pesquisa, os próximos passos envolvem autorizações da Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil, para o início da cooperação com o Hospital das Clínicas da UFMG, ainda sem datas definidas.

MULHERES NA CIÊNCIA X RECURSOS

Jordana Reis, alerta também para a importância de considerar a Embrapii no processo - necessário - de translação do conhecimento científico como parceira do processo de inovação. Para ela, “mulher cientista, formadora de outras pesquisadoras”, ainda há poucas pesquisadoras em posição de liderança quando comparadas como número de homens.

“Parcerias público-privadas são uma possibilidade para o fomento e o avanço da ciência básica e aplicada no Brasil, especialmente após o difícil período pelo qual passou a pesquisa brasileira nos últimos anos”, afirma a cientista, reconhecendo ainda como fundamental ao seu projeto o apoio recebido da coordenação do CT Terapias Avançadas e Inovadoras, e do coordenador da FarmaVax – Unidade Embrapii Inovação em Fármacos e Vacinas, professor Rubén Dario Sinisterra Millán, do departamento de Química do Instituto de Ciências Exatas (ICEX) da UFMG.

Para Rubén Millán, a Embrapii-Farmavax busca oferecer apoio a empresas na área da saúde para o desenvolvimento de novas terapias, sistemas de liberação de fármacos e vacinas destinados à prevenção e tratamento de doenças antigas e novas, por meio da transferência do conhecimento da bancada dos laboratórios para o mercado. Além do CT Terapias, a Farmavax é constituída também por outros três Centros Institucionais de Tecnologia e Inovação: CT Vacinas, CT Medicina Molecular e CT Nanobiomateriais.

BREVE HISTÓRICO DA EMBRAPII NA UFMG

A Embrapii - Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial, é uma iniciativa - do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do governo brasileiro - voltada para promover a inovação nas empresas por meio do apoio à pesquisa e à transferência de tecnologias em altos graus de maturidade. Sua missão é realizar atividades de pesquisa, desenvolvimento e extensão, aliando tecnologia e inovação, promovendo a transferência dos resultados das pesquisas para a sociedade.

Na UFMG, a primeira Unidade Embrapii foi criada em 2016 por um grupo de professores do Departamento de Ciências da Computação: Unidade DCC – UFMG Software para Sistemas Ciber-físico. Atualmente já existem cerca de uma dúzia de Unidades, sendo que a anterior foi criada no final de 2021, a Unidade Embrapii-UFMG Inovação de Fármacos e Vacinas, ou Farmavax, que reúne pesquisadores, além do ICEx e do ICB, também da Escola de Engenharia e das faculdades de Medicina, de Odontologia e de Farmácia, é coordenado pelo professor Rubén Dario Sinisterra Millán, um pioneiro nesse caminho.

 

Redação: Marcus Vinicius dos Santos - Jornalista ICB UFMG

 

PremiadosOS PREMIADOS - Coincidentemente, ambos da turma D, do turno da noite e do diurno - CLIQUE NAS FOTOS PARA AMPLIARIniciativa visa promover uma maior integração entre os alunos do curso

O professor Carlos Renato, coordenador do Colegiado do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) foi o grande mentor de um concurso entre estudantes do primeiro período, como parte das atividades da disciplina Introdução a Ciências Biológicas, ministrada por ele. A atividade integrou a programação do ICB na Semana do Conhecimento da UFMG 2023.

Este semestre ele convidou seus estudantes a se reunirem em grupos e produzirem vídeos apresentando o Instituto de Ciências Biológicas (ICB) e a vida na graduação aos calouros que chegarão no próximo semestre.

Dentre os 24 vídeos produzidos, dois foram escolhidos. A seleção se deu no estilo "Juri Popular", a partir de levantamento do número de visualizações e de curtidas no Canal Youtube do ICB.

Os ganhadores receberam árvores bonsai de Jabuticaba e de Amora. A solenidade de entrega da premiação, realizada no hall do ICB, nesta terça-feira, 24 de outubro de 2023, foi breve e descontraída, com a presença da vice-diretora, Elida Rabelo, e da assessora de Comunicação, Dayse Lacerda.

CONHEÇA OS PREMIADOS

1º Lugar: Grupo D - Diurno
Ágatha Silva Santos
Arthur Nunes Ferreira
Gislaine Alves de Oliveira
Letícia Selvatici Tolentino
Valquíria das Graças Silva Magalhães

2º Lugar: Grupo D - Noturno
Emilly Wasty
Ana Raquel
Hagatha Luiza da Silva Cesar
Angela de Castro Fregoneze
Marcelo Mendes Gomes

CRIATIVIDADE E DESCONTRAÇÃO

Entrega premiosNa foto, junto com os estudantes premiados, a jornalista Dayse Lacerda e os professores Carlos Renato e Élida Rabelo - Fotos: Henrique Castanheira/Comunicação ICB UFMGTodos os 24 vídeos estão publicados no canal Youtube do ICB (Clique para acessar). “Eles mostram a importância do nosso curso, a beleza que é ser biólogo”, destacou a professora Élida Mara Rabelo, vice-diretora do ICB UFMG, durante sua fala no evento de premiação. Concorda com ela, a estudante Ágatha Silva, do grupo do turno diurno. Para ela, a grande importância desses vídeos foi a socialização que promoveu entre os alunos "Se não fosse esse trabalho, a gente não se conheceria da mesma maneira", avalia.

Além disso, os futuros alunos do curso de Ciências Biológicas serão apresentados aos vídeos de boas-vindas e poderão conhecer melhor sobre o ambiente universitário, e diversas das questões que envolvem as atividades do curso, desde as formas de ingresso, até o dia-a-dia.

“Quando você entra, não tem muita ideia do que é a Biologia. Esse tipo de vídeo acaba aliviando um pouco", afirma Arthur Nunes, que também ressaltou a importância da atividade para a integração dos novos alunos. Ele também observou que o conteúdo produzido pelos graduandos também levou informação a outras pessoas de fora do ICB e até da Universidade, especialmente aos pais e conhecidos dos alunos.

"Acho que se todos os cursos deveriam ter uma atividade como essa. Produzir um vídeo assim permite ter uma certeza maior de onde você vai entrar", diz Ana Raquel, do Grupo D noturno.

No semestre que vem a proposta é que outras disciplinas possam produzir videos sobre diferentes temáticas e com isso promover novas formas de ensino e aprendizagem no curso de Ciências Biológicas da UFMG.

PARA ASSISTIR OS VIDEOS, acesse o canal do Youtube do ICB-UFMG

 Fotos: Henrique Castanheira - ICB UFMG

 

Tratamento contra dependência imagem calixcoca quadradaFoto: CCS/Faculdade de Medicina da UFMGquímica recebeu Prêmio Euro de Inovação na Saúde

Na próxima terça-feira, dia 31 de outubro, às 13 horas, o seminário NAPG ocorre no auditório 4 (Caatinga) do ICB. O evento, que também integra a programação do ICB na Semana do Conhecimento da UFMG 2023, terá como palestrante o professor Frederico Duarte Garcia, do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e coordenador da pesquisa que resultou na Calixcoca, vacina terapêutica para o tratamento da dependência em cocaína e crack.

Serão discutidos o desenvolvimento e as expectativas para o futuro da vacina, que venceu o Prêmio Euro de Inovação na Saúde, organizado pela Eurofarma. A pesquisa superou outras onze pesquisas no campo da saúde e foi premiada com 500 mil euros (R$2,6 milhões), sendo a mais votada entre médicos de 17 países. Além disso, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais também contribuiu com um investimento de R$10 milhões ao grupo.

A Calixcoca está sendo desenvolvida desde 2015, na Faculdade de Medicina da UFMG. A vacina se destaca por se utilizar de uma plataforma vacinal totalmente sintética, o que diminui o seu custo e facilita o armazenamento, trazendo destaque para o projeto. Atualmente, não existem medidas tratamentos clínicos para o combate a dependências clínicas, apenas medicações que ajudam a tolerar a abstinência ou tratamentos comportamentais.

A Calixcoca busca induzir o sistema imunológico a produzir anticorpos que são liberados na corrente sanguínea e combatem a cocaína. Essas e outras informações sobre a vacina serão apresentadas diretamente no seminário pelo professor Frederico Duarte, que acredita que o próximo passo é iniciar estudos em seres humanos.

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