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O convidado de Seminários do ICB este mês é o professor Gustavo Batista de Menezes, do departamento de Morfologia do ICB. Ele vai falar, no dia 30 de junho, terça-feira, às 13h, da aplicabilidade e inovação de seu trabalho, que combina biologia, sistema imune, e tecnologia para tentar intervir em complexos e importantes mecanismos de defesa do nosso organismo.

A inflamação, ou processo inflamatório, como dizem os especialistas, é muitíssimo importante para a nossa sobrevivência. Ela integra o nosso sistema de defesa.

Mas, o organismo é um intrincado sistema, onde a terceira lei da física, a de ação e reação, é levada a sério. E a pesquisa de Gustavo Menezes quer intervir nesse processo. Não na lei da física, mas na origem de um tipo de processo inflamatório, provocado pelo nosso organismo.

Tudo começa assim

Desde os primeiros instantes de nossa concepção – até o fim de nossos dias –, nosso organismo precisa lidar com a morte de nossas células. Nosso corpo se renova constantemente, substituindo células velhas ou ineficazes por novas. A velocidade e eficácia dessa renovação celular vai diminuindo na medida em que aumenta a nossa idade.

“É crucial para nossa sobrevivência que nosso organismo tenha estratégias adequadas para se relacionar com a morte celular. Porém, num contexto onde as nossas células morrem por um insulto abrupto, agudo ou descontrolado, nosso organismo pode exagerar na reação”, afirma Gustavo Menezess, que lidera o Grupo de Pesquisa em Imunobiofotônica, é diretor Executivo da Sociedade Brasileira de Sinalização Celular e membro afiliado da Academia Brasileira de Ciências.

Um exemplo bom dessa situação é quando tomamos algum medicamento em excesso. Ao tentar metabolizar a substância que sobra no organismo, nossas células hepáticas sofrem uma sobrecarga “de trabalho” e morrem por stress. E esse excesso de medicamento não significa que ele foi ingerido além do recomendado.

Exagerado
Esse montante de células mortas  - às vezes enorme -, alerta nossas defesas (Mayday!). O organismo fica sabendo que “deu problema” no fígado. E, “provavelmente, na tentativa de nos proteger, o nosso sistema imune monta uma resposta exagerada, que, às vezes, tem como consequência, uma lesão tecidual adicional”, considera o pesquisador.

“É comum que uma pessoa tenha uma lesão hepática por medicamento que compromete parte do fígado, e uma outra parte adicional é comprometida por uma resposta inflamatória ao insulto original”, diz Gustavo. A inflamação é uma resposta natural do nosso corpo contra uma invasão, com o objetivo de destruir o agressor. “Nosso objetivo é restringir a lesão adicional, "educando" o sistema imune a não causar mais dano”, conclui o professor, otimista com seus resultados até o momento.


Seminários do ICB
Durante uma hora, a cada mês um professor de um departamento diferente é convidado a apresentar suas linhas de pesquisa e divulgar suas ações. A intenção é tanto ampliar a divulgação das pesquisas e projetos do Instituto, quanto também criar um momento para que alunos, professores e sociedade possam interagir e trocar informações sobre questões de interesse em comum.  Na programação também existe o “Seminários” internacional, que se ocupa de promover essa interação acadêmica com pesquisadores do exterior, parceiros do ICB em algum projeto.


SERVIÇO
Complexidade na interação entre morte, vida e resposta inflamatória
Data: 30/6/2015
Horário: 13h às 14h
Local: Auditório 1A, no Centro de Atividades Didáticas de Ciências Naturais no (CAD 1), no campus Pampulha da UFMG.

 

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