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O programa de pós-graduação em Bioquímica e Imunologia da UFMG realiza seminário com David Sacks, um dos mais respeitados estudiosos sobre Leishmania major, um protozoário da família dos Trypanosomatidae, causador da leishmaniose cutânea. O evento gratuito, em inglês, será estendido a estudantes e a profissionais de todo o país, e acontece no dia 3 de julho, às 13h, no ICB.

David Sacks (+) é pesquisador senior no National Institutes of Health (NIH), onde chefia a Seção de Biologia de Parasitas Intracelulares, além de professor visitante especial (PVE) do programa Ciência sem Fonteiras, financiado pelo CNPq, e colaborador da pesquisa “O papel da microflora indígena naleishmaniose: a partir de vetor de hospedeiro vertebrado”, desenvolvida pela professora  Leda Quercia Vieira, do Departamento de Bioquímica e Imunologia/ICB, e pela pesquisadora Nágila Secundino, do Centro de Pesquisas René Rachou, especialista em biologia do vetor e em imagem.

Elas estudam aspectos do papel dos microorganismos que habitam o ecossistema indígena (microbiota), em vetores e no hospedeiro vertebrado, desde a infecção por Leishmania. Ou seja, no vetor mosquito palha e no camundongo, que é um modelo experimental para estudar a doença em cães e humanos.

Segundo Leda Quercia, o palestrante domina vários aspectos da leishmaniose, do vetor ao hospedeiro mamífero, e tem imensa capacidade de circular pela biologia do parasita, imunologia e bioquímica. Ela considera que a competência do americano nessa área pode contribuir, além dos estudos da UFMG, especialmente também para os de profissionais e estudantes de imunologia, parasitologia e microbiologia.

Ela também salienta que a equipe do americano mostrou que a transmissão pelo vetor quebra a imunidade concedida por vacinas contra leishmaniose. “O problema é que normalmente os desafios são feitos com seringa e agulha, ignorando-se os fatores do vetor”, considera a pesquisadora, chamando a atenção para controvérsias em torno da viabilidade de se produzir uma vacina proteica contra o parasita.

O professor Sacks também ministrará um curso sobre o tema para os alunos da pós-graduação.

 

ALGUMAS CONTRIBUIÇÕES SIGNIFICATIVAS DE DAVID SACHS
1) a Leishmania major muda os carboidratos em sua superfície quando se torna infectante.  Isto não somente torna possível a sua liberação do tubo digestivo do inseto vetor, onde estava ligada por lectinas do inseto, como a torna resistente ao complemento do hospedeiro vertebrado.
2) a saliva do vetor afeta a resposta do hospedeiro vertebrado à entrada do parasita, tornando-o mais infectante. Além disso, ele mostrou que quando camundongos são infectados com baixas doses do parasita há uma fase "silenciosa" da infecção, caracterizada por uma baixa resposta inflamatória e uma alta taxa de replicação do parasita, o que torna a infecção bem eficiente.
3) o hospedeiro vertebrado reage ao parasita com uma resposta inflamatória que é modulada subsequentemente. Esta modulação permite a permanência do parasita no hospedeiro e uma imunidade concomitante.
4) no seu laboratório, mostrou-se que a transmissão pelo vetor quebra a imunidade concedida por vacinas contra leishmaniose – normalmente os desafios após vacinação são feitos com seringa e agulha, ignorando-se os fatores do vetor.
Fonte: Professora Leda Quercia/ICB-UFMG. 26/6/2015

 
SERVIÇO
Seminário Internacional
Titulo: Innate immune responses to Leishmania major (Em inglês, sem tradução)
Palestrante: Prof. David Sacks (National Institutes of Health)
Data:  3/7/2015 (sexta-feira).
Horário:  13h às 14h
Local: K3/163 - Sala Nelo Moura  Rangel (Morfologia)

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