Biologia sintética faz vaquinha e palestras para interessados em inovação e genética

No dia 5 de agosto, de 9h às 17h, no Auditório Nobre do Centro de Atividades Didáticas de Ciências Naturais (CAD I), na Pampulha, professores de universidades e centros de pesquisa de Minas Gerais e de São Paulo vão ministrar um workshop, no mínimo, curioso.

Durante um dia inteiro, uma quarta-feira, os participantes vão entender a relação entre empreendedorismo, engenharia, biologia, nanotecnologia, energia, educação, startups, tratamento, e muito mais.

Organizado pelo grupo IGEM UFMG/Brasil (Saiba mais), que pesquisa a Biologia Sintética na UFMG, o evento tem apoio da Pró-reitoria de Extensão, Synenergene, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e Fapemig.

 Ao custo de R$ 50, todos os interessados podem se inscrever: estudantes universitários e profissionais, de diversos cursos e graus de formação, empresários, funcionários de empresas, e outras pessoas que sintam que possam aproveitar a oportunidade. São 600 vagas.

MIT com Leishmania

Além do objetivo de divulgar o que é Biologia Sintética e suas aplicações, os membros do IGEM UFMG, muitos deles estudantes do ICB, querem incentivar a criação de uma competição aos moldes das olimpíadas de conhecimento, como a que eles pretendem participar no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, o MIT, em Boston, nos Estados Unidos.

Conhecida por seu caráter inovador, a escola estadunidense propõe um desafio multidisciplinar, que acontece anualmente, para alunos de graduação e de pós-graduação, envolvendo computação, engenharia genética, química, eletrônica, mecânica, biologia, modelagem matemática, design gráfico e comunicação social: a Competição Internacional de Máquinas Geneticamente Modificadas, o IGEM, da sigla em inglês.

O trabalho da UFMG deste ano promete. O grupo quer modificar um protozoário, Leishmania Donovani, causador da leishmaniose, para que ele passe a ajudar o organismo a produzir uma molécula anti-inflamatória e contribua no tratamento de doenças articulares, como a Gota e a artrite reumatoide. Clique aqui para ver vídeo que apresenta os

Para levantar os recursos necessários para a enviar um representante nessa “viagem”, em 2015, eles estão fazendo uma “vaquinha” na internet. Abriram uma conta num site especializado em crowdfunding: http://beta.benfeitoria.com/igemufmg. Para doar, qualquer valor, basta clicar no link acima e seguir os passos. A partir de R$ 25 o doar recebe recompensas.

Em 2013, ao lado de apenas outros dois projetos brasileiros, eles fizeram bonito na competição, nos Estados Unidos. Aliás, foi o evento que reuniu e deu nome ao grupo. O trabalho apresentado, então, pretendia criar o primeiro organismo vivo (E.coli), modificado geneticamente para realizar diagnóstico de doenças cardiovasculares. A bactéria ficaria fluorescente na presença de alguns biomarcadores (Veja mais: