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Febre Amarela Liver Center

Uma pesquisa do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais identificou uma alteração nas células do fígado infectadas pelo vírus da febre amarela. A importância dessa descoberta ocorre na medida em que atualmente não existe nenhum tratamento para esta doença, que, segundo a OMS, leva anualmente a morte de mais de 60 mil pessoas em todo o mundo. O estudo translacional, ou seja, que tem início na ciência básica e sua conclusão na aplicação prática do conhecimento,foi desenvolvido no Liver Center UFMG e analisou as células afetadas desde o nível básico, no ICB, até o nível clínico, com a participação do corpo médico do Hospital Felício Rocho.

Segundo uma das pesquisadoras envolvidas, Fernanda Lemos, do Laboratório do Cálcio do ICB UFMG, o desenvolvimento da febre amarela ainda é pouco conhecido, não existindo medicamentos para seu tratamento. Buscando reverter este quadro, especificamente no que se refere a lesão hepática, a pesquisadora apresenta, no dia 17 de abril, próxima quarta-feira, alguns dos avanços obtidos na pesquisa desenvolvida pelo grupo. O seminário será realizado, a partir das 8h, no Núcleo de Ciências da Saúde do Hospital Felício Rocho (Av. do Contorno, 9530, Barro Preto, Belo Horizonte, MG).

Eles estudaram os mecanismos de morte das células do fígado, os hepatócitos, no caso de infecção pelo vírus da Febre Amarela.  “Quando infectadas pelo vírus da febre amarela, as células hepáticas morrem em um ritmo alto demais para se regenerarem. Isso leva à lesão hepática, cuja causa ainda é pouco conhecida”.

O estudo mostra a existência de uma mudança na via de sinalização das células infectadas: “o isoforma 3 do receptor para inositol trifosfato (ITPR3) se encontra presente nas células mencionadas, mas não nas saúdaveis”, explica Fernanda. Isso significa dizer que um novo receptor surge.

Segundo ela, existe a chance desta informação levar a possíveis tratamentos contra a lesão hepática causada pela febre amarela. Como foi identificada essas alterações na Febre Amarela, pode-se futuramente empregar fármacos que modulem esta via de sinalização, restabelecendo o correto funcionamento das células hepaticas e evitando sua morte. “Caso se confirme, esta possibilidade pode ser o caminho para a produção de medicamentos específicos para a lesão hepática causada pela FA.” afirma a pesquisadora.

Apesar destes avanços, Fernanda destaca também que a melhor opção é a vacina. “Ela é eficaz e segura. São raros os relatos de efeito colateral”. Ela também explica que o possível medicamento seria útil “para os raros casos de contraindicação da vacina, mas prevenir é melhor do que remediar”, reforça.

O que é?

A febre amarela é uma doença hemorrágica, infecciosa causada por um vírus transmitido pelos mosquitos Aedes, que também transmitem diversas outras doenças. Entre os sinais e sintomas, estão febre alta e danos em diferentes órgãos, especialmente o fígado e os rins. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a doença é difícil de diagnosticar na fase inicial e o adjetivo "amarelo" designa a tonalidade da pele que afeta alguns doentes, em fase mais avançada. Não há no momento nenhum medicamento específico contra a febre amarela, mas a vacina funciona de maneira eficaz.

CONTATOS PARA A IMPRENSA

Fernanda de Oliveira Lemos – Pesquisadora do Laboratório do Cálcio da UFMG.

Avenida Antônio Carlos 6627. Prédio do ICB. Departamento de Fisiologia e Bioquímica.

(31) 3409 2518

MAIS INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA

Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais

Assessoria de Comunicação Social e Divulgação Científica

Jornalista responsável: Marcus Vinicius dos Santos

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