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“A importância do horário da alimentação para o relógio hepático” é tema da próxima palestra promovida pelo Liver Center, no dia 25 de outubro, às 9:30h, no Instituto Alfa de Gastroenterologia (IAG) do Hospital das Clínicas da UFMG. Quem vai falar sobre o assunto é a professora do Departamento de Fisiologia e Biofísica (FIB), Maristela de Oliveira Poletini. A palestra é aberta a todos os profissionais e graduandos da área de saúde interessados no tema e a entrada é franca.

No evento, serão apresentadas as relações conhecidas pela ciência entre a alimentação e o fígado, que pode sofrer alterações em sua fisiologia devido a variações no horário de alimentação.

Também serão mostrados resultados recentes de pesquisas realizadas no Laboratório de Endocrinologia e Metabolismo, coordenado por Maristela Poletini, que buscam entender quais são os mecanismos que estão por trás das respostas que o fígado dá a essas variações no horário de nossas refeições.

Maristela Poletini explica que, hoje, os horários de alimentação estão atrelados a hábitos modernos que, muitas vezes, estão em descompasso com o funcionamento do nosso relógio biológico. Esse relógio é controlado pelo ciclo circadiano, que é responsável pela incidência de fenômenos biológicos como o sono e a fome por volta dos mesmos horários do dia.

“Está muito claro que conseguir fazer com que o seu período de atividades seja o seu momento de se alimentar, é fundamental” a professora explica, chamando a atenção para a importância de ajustar a alimentação ao funcionamento interno do organismo. Isso porque hábitos desajustados ao nosso tempo biológico, como fazer refeições durante a madrugada, geram atritos que podem explicar o início de doenças metabólicas como diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial, obesidade e alterações de humor. Esse desajuste também pode predispor o indivíduo ao câncer.

Liver Center

A palestra faz parte da programação do Liver Center. Suas atividades começaram em maio de 2017, e, desde então, o centro vem se consolidando com o objetivo de “se tornar referência em estudos hepáticos na América do Sul”, como explica Maria de Fátima Leite, professora do Departamento de Fisiologia e Biofísica (FIB) do ICB e coordenadora  do Liver Center junto aos professores André Oliveira, também do ICB, e Cristiano Xavier Lima, da Faculdade de Medicina da UFMG.

Segundo Maria de Fátima Leite, “a ideia é criar um centro sem paredes, formado por pessoas em locais diferentes, trabalhando um mesmo tema”. Participam do Liver Center uma rede de profissionais qualificados tanto da área clínica como da área de pesquisa que realizam trabalhos relacionados ao fígado. O objetivo do centro é justamente promover o encontro e a troca de experiências entre médicos, residentes, pesquisadores e professores visando ao desenvolvimento de mais pesquisas translacionais. Ou seja, pesquisas que busquem aproximar o pesquisador dos campos de prática, o que torna-se cada vez mais importante diante da necessidade de melhorar o atendimento na área hepática e de promover estratégias de prevenção, já que a carga de doenças do fígado cresce significativamente em relação a outras.

“Está sendo muito bom, porque, por exemplo, os profissionais da área básica estudam uma célula hepática com a visão de cientista de querer olhar para dentro da célula e ver o que está acontecendo lá. Às vezes, a gente pode olhar para dentro da célula, mas ajudando o clínico a responder um problema que ele encontra no dia a dia em algum paciente”, explica Maria de Fátima Leite, chamando a atenção para a possibilidade de direcionar pesquisas à busca por respostas que possam favorecer o paciente de forma mais imediata.

Entre as atividades desenvolvidas pelo Liver Center  está o ciclo de palestras mensais em hospitais públicos e privados com atendimento na área hepática e em centros de pesquisa. Ao longo do ano, hospitais como o Felício Rocho, a Santa Casa e o Hospital das clínicas da UFMG receberam palestras sobre pesquisa básica. E o ICB recebeu palestras ministradas por médicos sobre estudos clínicos.

Além do ciclo de palestras, o encontro das áreas clínica e de pesquisa vem sendo promovido por meio de oportunidades de cursos internacionais que inserem médicos residentes na pesquisa básica e também pelo suporte oferecido por laboratórios que disponibilizam recursos materiais, como reagentes, a essa rede de profissionais vinculada ao Liver Center. A criação de um biobanco com materiais disponibilizados a cientistas e médicos interessados também está nos planos do centro.

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