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Captura de tela 2024 04 26 134855Professora Maria de Fátima e Professor André OliveiraSegundo pesquisa de professores do ICB, tratamento para doenças no fígado têm sido pouco eficazes no Brasil

As doenças do fígado são muito comuns no Brasil, a cada 33 mortes, uma é causada por patologias no fígado, totalizando 3% das mortes no país. O professor do Departamento de Fisiologia e Biofísica e membro do INCT-NanoBioFar, André Oliveira, junto com a professora Maria de Fátima Leite, do mesmo departamento, coordenou uma pesquisa que fez o maior levantamento já feito sobre doenças hepáticas no país, trazendo dados entre os anos de 1996 e 2021.

O estudo, que foi feito através das informações disponíveis pelo Datasus, programa do governo que disponibiliza informações sobre a saúde pública no Brasil. Essas informações foram separadas em diversas categorias, para que seja perceptível uma análise crítica dos dados, como por exemplo: região, etnia e gênero. Uma das informações que mais se destaca é o constante aumento da taxa de mortalidade ao longo desses 25 anos, sem nenhuma diminuição com o passar do tempo

Além disso, também foram notadas 4 enfermidades que aparecem com mais frequência: O Câncer de fígado, a doença alcoólica do fígado, fibroses/cirroses e a hepatites virais, com variações de ocorrência baseadas em particularidades, como por exemplo, na região sudeste o câncer de fígado prevalece, enquanto no nordeste a doença hepática alcoólica é mais frequente, assim como também é com os pacientes do sexo masculino. Essas particularidades são muito importantes para a compreensão mais precisa do problema, já que demonstram várias características da vida dos cidadãos brasileiros abordando sua diversidade, como alimentação e comportamento.

O professor André Oliveira chama atenção para a forma como os investimentos na área são feitos e como isso impacta o tratamento de doenças do fígado, 70% do dinheiro investido é voltado para transplantes de fígado, “O transplante de fígado não é um tratamento, é uma intervenção de emergência”, afirma. Além disso, transplantes estão concentrados nas regiões Sul e Sudeste do país, impossibilitando o acesso a esse recurso para pacientes de outros locais, principalmente na região Norte. A partir disso, o coordenador disse: “O certo seria investir mais nessas doenças e mudar as características desses investimentos.”, buscando outras formas de se tratar problemas no fígado.

Esse levantamento pode indicar para o poder público diferentes formas de se lidar com essas doenças no futuro, já que os estudos indicam que se a forma atual se manter, a tendência é que a taxa de mortalidade continue aumentando. Segundo André, o diagnóstico costuma ser tardio, o que dificulta bastante o processo de tratamento, portanto, é de extrema relevância o foco em diagnósticos prévios que podem melhorar muito a qualidade de vida do paciente, “No caso do fígado, a prevenção e o conhecimento salvam vidas”, afirma.

Para acessar a pesquisa completa, clique aqui.

 

Redação: Gabriel Martins

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