2.4) Solução de conflitos no cotidiano
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Secreção de hormônio é inevitável, sem obedecer ao racional
Em estado de tensão, nossas glândulas supra-renais produzem em excesso catecolaminas que podem
causar uma excitação inicial, o conhecido SAG, que é seguida por uma fase secundária de resistência,
em
que o equilíbrio precário é mantido. Nesta escalada segue-se a fase de exaustão quando se liberam
corticóides. Os três efeitos podem ser de grande valor prático para o corpo: é necessário estar
preparado para adotar rapidamente medidas de defesa, mas é igualmente importante administrar as
fases de
resistência ou exaustão, para evitar danos de prosseguir em regime de tensão.
O estresse estimula nossas glândulas a produzir certos tipos de hormônios, que podem induzir uma
certa
embriaguez e intoxicação, pela excitação produzida. É necessário maior conhecimento para
detectar nosso
estado e poder superá-lo. Em todas as nossas ações, no decorrer do dia, devemos
verificar,
conscientemente, se estamos ou não muito tensos. Verificar o nosso nível crítico de estresse
é tão importante
quanto testar a nossa quota crítica de bebida. A intoxicação pelo estresse é
inevitável, pode-se deixar de
beber, mas é impossível evitar o estresse enquanto se viver, e nossos
pensamentos conscientes não podem
medir os seus sinais de alarme.
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Uma completa inatividade não combate o estresse, é preciso tomar a iniciativa
Todas as pessoas em atividade demandam mais ou menos repouso, de acordo com as suas
características. Todas as reações do corpo são governadas por leis e limitações biológicas. A maneira
mais
simples de compreendê-los é examinando a forma pela qual afetam as reações de tecidos. Por
outro lado, a
inatividade, comum não só entre os aposentados, é um mal da modernidade pelo
aumento do sedentarismo,
onde homens úteis tem-se tornado fisicamente doentes e prematuramente
senis, pela obrigatoriedade de uma
inatividade em idade em que sua capacidade e condições de atividade são ainda ponderáveis.
Como combater o estresse, em uma pessoa ativa é citado na Monografia: Reações autonômicas e
hormonais das perturbações psicossomáticas (Revista de Psicofisiologia, 2(1), 1998), pelos seguintes
passos:
1. Compartilhe seus problemas com amigos; 2. Afaste-se da situação estressora. Procure compreender
o
problema. Então volte a encará-lo para resolvê-lo; 3. Não reprima seus sentimentos. Solte-os no
momento e
local apropriado; 4. Faça exercícios físicos regularmente; 5. Agende seus compromissos
para fazê-los com
tranqüilidade e eficiência; 6. Faça algo pelo próximo, sinta-se útil; 7. Saiba
identificar
realmente as prioridades de enfrentamento; 8. Seja realista e estabeleça expectativas de
acordo com suas possibilidades; 9. Não se
afaste das pessoas quando estiver estressado. Você poderá contar com ajuda delas; 10. Não "rumine" os
"sentimentos negativos". Procure substituí-los por sentimentos prazerosos.
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Como enfrentar o estresse e a importância da diversão
Parte alguma do corpo não deve ser sobrecarregada desproporcionalmente, durante longos períodos.
Qualquer parte sujeita ao estresse envia sinais de alarme, para o estabelecimento de uma resistência
coordenada. Pela mesma razão, qualquer reação intensa em determinada parte pode influenciar todo o
organismo, desequilibrando vários tipos de atividades biológicas em outras partes do mesmo corpo.
Os fatos provados em experiências de laboratório aplicam-se também às atividades diárias do homem,
inclusive às sua atividades puramente mentais. Sentindo e analisando nosso estado de estresse
devemos
sempre considerar não somente a extensão total do estresse no corpo, mas também sua
distribuição
proporcional entre as várias partes. Se não há proporcionalidade, se há estresse em
excesso em qualquer
parte, você necessita de diversão, de repousar.
Diversão é o ato de desviar qualquer coisa, um mecanismo biológico, por exemplo, de seu curso
natural.
Quando a concentração de esforço em qualquer parte do corpo ou na mente não é muito
intensa ou crônica,
certas diversões moderadas, podem ser eficazes, por exemplo: esportes, dança,
música, leitura, viagem,
álcool, goma de mascar etc. Estas não atuam basicamente através do mecanismo do estresse e do eixo
pituitária-supra-renais, mas promovem a desconcentração de nossos esforços, que sempre nos auxilia a
restabelecer o equilíbrio, reduzindo a taxa do estresse.
A diversão é especialmente importante no combate ao estressepuramente mental. Os registros de
medicina psicossomática estão repletos de estudos descrevendo a produção de úlceras gástricas,
hipertensão, artritismo e toda a sorte de males, pela preocupação crônica em relação a problemas de
ordem
moral ou econômica. Nada afasta tão eficazmente pensamentos desagradáveis quanto a
concentração em
pensamentos agradáveis.
Outro importante aspecto da diversão é o desvio da competição entre a memória e a capacidade de
apreensão. Tentar lembrar muitas coisas é certamente uma das causas principais do estresse
psicológico.
A grande arte é a de manifestar nossa vitalidade através de canais especiais e no ritmo especial que a
natureza nos estabeleceu. A diversão, e não o repouso completo, pode ser a melhor solução para uma
pessoa
que se sente geralmente exausta, embora tenha sobrecarregado temporariamente apenas um
dos canais da
auto-expressão ou atividade. Em alguns desses casos, paradoxalmente, até mesmo o
estresse geral, como
por exemplo terapia de choque, ou trabalho extenuante, podem facilitar a
equalização e a descentralização de
atividades que se tenham tornado habitualmente concentradas em uma parte de nosso ser.
Se nos empenharmos excessivamente, o problema será de estresse geral excessivo. Nesse caso, a
única coisa a fazer é repousar. Essa situação não pode ser resolvida mais por diversão ou mais
estresse.
Aqui, o grande remédio é aprender como apreciar o lazer e como dormir bem.
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Como dormir bem
Uma atividade cansativa que termina definitivamente, prepara para o repouso e o sono. Mas, aquela
que
estabelece tensão contínua, nos manterá acordados, porque exaure também os mediadores
químicos do
sono: serotonina e noradrenalina. A fadiga do trabalho prepara para o sono, pois relaxa;
mas, durante a noite,
devemos tomar precauções para não sermos acordados pelo estresse. É durante
todo o dia que você deve
preparar os seus sonhos; senão você sofrerá de insônia. O fato de dormir ou
não dependerá muito do que
tenha feito durante o dia, mas como o realizamos.
Lembramos a síntese das recomendações para bem dormir segundo a neurociência, resumidas em
Perguntas e Repostas da Home Page do Laboratório de Psicofisiologia:
A) Durante o dia: não tire sonecas durante o dia, faça exercícios físicos diários, conserve o bom
humor,
quando usar estimulantes seja moderado, não pense sobre a noite mal dormida e busque
solução de
problemas;
B) Antes de deitar: desacelere uma ou duas horas antes de deitar e procure relaxar, vá para a cama à
mesma
hora, cuide que a temperatura da cama seja agradável, fique em silêncio ou ouça música
relaxante e em nível
suave, não fixe em preocupações ou em conversas difíceis, não force dormir sem
sono, pense nas coisa
agradáveis e tranqüilas evitando emoções fortes, escolhas roupas macias para
dormir;
C) Ao deitar-se: vá progressivamente se desligando, respire progressivamente e solte-se, escureça o
quarto,
procure a melhor posição, pense em descansar e deixar para amanhã os problemas;
D) No geral: não se estresse demais, não trabalhe demais, beba, coma e exercite moderadamente,
evite ou
cure a depressão, mantenha relações sexuais.
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