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flavio.fonseca Arquivo.PessoalLinhas de pesquisa incluem desenvolvimento de vacina contra varíola símia

O projeto "Aspectos científicos do surto de Monkeypox vírus (varíola símia) no Brasil", coordenado pelo virologista Flávio da Fonseca (foto ao lado), do Departamento de Microbiologia do ICB UFMG, acaba de ser contemplado por investimentos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Abrangendo quatro eixos temáticos, entre os quais o desenvolvimento de uma vacina contra a varíola símia, o projeto tem a participação dos também pesquisadores do Instituto Erna Geessien Kroon, Giliane de Souza Trindade e Jônatas Santos Abrahão, do Departamento de Microbiologia, e Mauro Martins Teixeira, da Bioquímica e Imunologia.

0A Imagem1Imagem microscópica do vírus isolado pela Funed e pela UFMG: Centro de Microscopia e Laboratório de Vírus do Instituto de Ciências Biológicas Ao todo, estão sendo investidos R$ 2.964.541,90, durante 24 meses, no custeio de bolsas de estudo e aquisição de insumos de pesquisa em quatro frentes de trabalho, como a caracterização biológica dos Monkeypox vírus que circulam no Brasil e os estudos sorológicos em áreas de circulação de outros Orthopoxvirus, grupo de vírus do qual o Monkeypox faz parte. O trabalho de desenvolvimento da vacina começou na semana passada com a chegada do vírus semente do Vírus Vaccínia Ankara Modificado (MVA) a ser utilizado nos estudos a cargo do CTVacinas da UFMG.

Outra frente de trabalho se concentra no monitoramento da inserção do vírus em animais silvestres e domésticos (principalmente animais de tutores positivos). Essa linha de pesquisa visa o entendimento das características eco epidemiológicas do Monkeypox vírus em diferentes espécies animais, e as interrelações entre a biologia e ecologia dos hospedeiros e a prevalência e diversidade de vírus. O projeto prevê ainda o estabelecimento de modelos animais para estudos de virologia. Isso significa que camundongos com alguma imunossupressão serão utilizados para avaliar fármacos antivirais já existentes ou novos.

HISTÓRICO

Os pesquisadores do ICB UFMG que lideram o projeto integram a CâmaraPOX, grupo de trabalho temporário de caráter consultivo, formado em 18 de maio de 2022, para auxiliar o MCTI na definição de prioridades de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação para o enfrentamento do vírus monkeypox. Entre as ações efetuadas pelo grupo destacam-se o sequenciamento genômico e depósito em banco internacional da primeira sequência nucleotídica completa de um vírus da varíola símia obtida de um paciente no Brasil. Os integrantes da Câmara POX e da RedeVírus MCTI também efetuaram o isolamento, cultivo em células, do vírus monkeypox. O vírus inativado foi disponibilizado para uso em controle diagnóstico positivo da doença.

Mais recentemente, os virologistas associados à CâmaraPOX/RedeVírus MCTI geraram a primeira imagem de microscopia eletrônica de monkeypox vírus no Brasil, e possivelmente a primeira na América Latina. As imagens foram obtidas no Centro de Microscopia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), demonstrando a capacidade instalada para observar o ciclo viral em célula, importante para os estudos do vírus.

 

Redação: Dayse Lacerda

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