Técnicos-administrativos e prestadores de serviço aprovaram o incentivo para sua participação e elogiaram a exposição inclusiva
O Museu de Ciências Morfológicas do Instituto de Ciências Biológicas é um espaço de conhecimento científico com foco no organismo humano. Com a proposta de conectar a Universidade Federal de Minas Gerais aos cidadãos de Belo Horizonte, ele se tornou um ambiente de trabalho didático, com exposições de longa duração, capaz de despertar a curiosidade e conscientizar sobre a preservação da vida com qualidade.
Fechado durante a pandemia, o MCM abriu suas portas, excepcionalmente, para a 20ª Semana Nacional de Museus e convidou para uma visita programada os servidores do Instituto. Compareceram aproximadamente 20 técnicos-administrativos e prestadores de serviço terceirizados (parcialmente na foto maior).
Nos últimos anos, mesmo antes da pandemia, o Museu vem enfrentando diversos desafios devido à falta de recursos para investimentos, especialmente na manutenção do acervo e de pessoal.
Acompanhando a visita, o professor Ricardo Gonçalves, diretor do ICB, dstacou que o MCM “é um espaço criado a várias mãos, às vezes levado com muita dificuldade". Segundo o professor, do departamento de Patologia, o museu é motivo de orgulho na medida em que exerce o importante papel de oferecer conhecimento, ciência e fazer a ligação da Universidade com a educação”.
“O diferencial do nosso museu é essa possibilidade de ver como é o corpo humano real. Com isso, ele tem favorecido, ao longo desses anos todos, a milhares de estudantes e à comunidade em geral”, comemora a bióloga Gleydes Gambogi Parreira, professora Departamento de Morfologia e atual diretora do espaço.
"O contato com pessoas de diversas idades e suas dúvidas torna ainda mais possível unir ciência e educação", avalia Clara de Carvalho Henriques, estudante de Odontologia e mediadora do espaço. Segundo ela, “mostrar, na prática, como é o corpo humano e como as pessoas podem cuidar dele”, agrega muito valor à formação dos estudantes da área de saúde.
“A célula ao alcance da mão” é uma das principais atrações do Museu. Mais do que uma exposição, trata-se de um projeto voltado para o atendimento de pessoas cegas.
A coleção possui modelos tridimensionais moldados em gesso, e que representam células e suas organelas, todos os tipos de tecidos, fases do desenvolvimento embrionário e fetal, órgãos e sistemas orgânicos humanos, em tamanhos próximos do natural e alguns em grande aumento, visando facilitar a compreensão de cada estrutura representada.
PIONEIRISMO
Projeto pioneiro na divulgação científica e educação para a Ciência, o Museu de Ciências Morfológicas foi inaugurado em 1997, mas começou a ser idealizado cerca de dez anos antes pela professora Maria das Graças Ribeiro (In memorian), do Departamento de Morfologia. O MCM mostra, através de exposições didático-científicas permanentes, peças do corpo humano, esculturas em gesso e resina, fotomicrografias de células e tecidos aos microscópios de luz e eletrônicos, embriões e fetos em diferentes estágios de desenvolvimento, além de equipamentos de áudio e vídeo complementares. Atua junto ao ensino fundamental e médio para incentivar uma nova consciência frente ao ensino das Ciências.
Redação: Dayse Lacerda - Jornalista