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proibidoentrarsemmascaraCartaz preparado pela equipe da Seção de Pessoal. Impressos disponíveis no setor de Protocolo para todos os setores do ICB interessados.Protetor facial funciona como barreira contra covid-19 e outras doenças respiratórias

O uso de máscaras passou a fazer parte da rotina da população há quase dois anos, após os primeiros diagnósticos de covid-19 no Brasil. Fundamental como barreira para evitar a contaminação pelo novo coronavírus, para especialistas, o uso do item de proteção individual deve ser mantido, mesmo com o avanço da vacinação e a queda do índice de transmissão e da taxa de ocupação dos hospitais.

“Ainda estamos em uma pandemia. O vírus circula em todo o mundo. Enquanto permanecer essa condição, temos de lançar mão de todas as estratégias de prevenção como o uso de máscaras e vacinas, além de evitar aglomerações e manter o distanciamento social”, ressalta o professor Flávio Guimarães Fonseca, do Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biológicas (ICB).

Existe ainda um aspecto que torna importante a manutenção do uso de máscaras. As vacinas evitam, principalmente, a doença grave e óbito, mas não impedem totalmente a infecção pelo vírus. “Infectada, a pessoa pode transmitir a infecção para outras”, alerta o pesquisador associado do Centro de Tecnologia de Vacinas (CT-Vacinas).

Flexibilização

Medidas de flexibilização do uso de máscaras, entretanto, já podem começar a ser discutidas para Belo Horizonte. Assim como na maior parte do Brasil, a cidade encontra-se em uma condição epidêmica considerada “favorável” pelo integrante do Comitê Permanente de Enfrentamento do Novo Coronavírus da UFMG. A taxa de transmissão (RT) tem ficado abaixo de 1, refletindo na queda do número de casos e óbitos, e aproximadamente 70% da população está vacinada com duas doses e recebendo a dose de reforço.

Para o virologista, apesar do cenário favorável, “é necessário acompanhar os indicadores epidemiológicos e avaliar o comportamento da epidemia local e da pandemia para rever a obrigatoriedade da utilização do equipamento de segurança, especialmente, no ambiente universitário onde a presença é necessária”.

mascaraA princípio, todos devem continuar usando a máscara, mesmo tendo sido vacinados. “Em ambientes externos, em que não há contato com outras pessoas, o que vale é o bom-senso”, argumenta o biólogo. “Em locais fechados, como ambientes de trabalho e transporte coletivo, por exemplo, é absolutamente premente que se use máscara”, afirma categoricamente.

Futuro

Sim. É possível pensar um futuro sem máscaras, apesar da ameaça de outras doenças se espalharem pelo mundo. O ideal, na opinião do professor Flávio Fonseca, é que o uso seja “opcional em condição em que não haja nenhuma pandemia em curso. No caso da covid-19, é necessário que a doença esteja controlada e se torne sazonal, de caráter epidêmico”. Além disso, ele afirma ser preciso que as pessoas estejam totalmente vacinadas, “para que possamos julgar a necessidade da máscara ou não diante dos dados epidemiológicos”.

Alerta

Apesar de concordar com as discussões em torno da flexibilização do uso de máscara, Flávio Fonseca faz um alerta em relação aos impactos das festas de fim de ano, em que há uma aglomeração maior de pessoas, sobre os dados epidemiológicos. Para ele, existe o risco de um pico no número de casos. “Não será uma terceira onda com a violência da segunda, já que a maioria das pessoas está vacinada”, tranquiliza. Mas ele acredita que talvez tenhamos de conviver com um número maior de casos, principalmente em função de uma nova variante, sabidamente muito infecciosa e que escapa parcialmente da imunidade conferida por vacina.

 

 

Redação: Dayse Lacerda – ACBio ICB

 

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