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Febre Amarela Liver CenterSeminário que acontece nesta quarta-feira, 17, será no Hospital Felício Rocho

 

Uma pesquisa do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais identificou uma alteração nas células do fígado infectadas pelo vírus da febre amarela. A importância dessa descoberta ocorre na medida em que atualmente não existe nenhum tratamento para esta doença, que, segundo a OMS, leva anualmente a morte de mais de 60 mil pessoas em todo o mundo.

O estudo translacional, ou seja, que tem início na ciência básica e sua conclusão na aplicação prática do conhecimento,foi desenvolvido no Liver Center UFMG e analisou as células afetadas desde o nível básico, no ICB, até o nível clínico, com a participação do corpo médico do Hospital Felício Rocho.

liver.center.17.abrilSegundo Fernanda Lemos (foto), apresentadora do seminário e uma das pesquisadoras envolvidas, do Laboratório do Cálcio do ICB UFMG, o desenvolvimento da febre amarela ainda é pouco conhecido, não existindo medicamentos para seu tratamento. Buscando reverter este quadro, especificamente no que se refere à lesão hepática, a pesquisadora apresenta os avanços obtidos na pesquisa desenvolvida pelo grupo, em seminário que acontece no dia 17 de abril, amanhã, quarta-feira, a partir das 8h, no Núcleo de Ciências da Saúde do Hospital Felício Rocho (Av. do Contorno, 9530, Barro Preto, Belo Horizonte, MG).

Fernanda Lemos relata que seu grupo estudou os mecanismos de morte das células do fígado, os hepatócitos, no caso de infecção pelo vírus da Febre Amarela. “Quando infectadas pelo vírus da febre amarela, as células hepáticas morrem em um ritmo alto demais para se regenerarem. Isso leva à lesão hepática, cuja causa ainda é pouco conhecida”, afirma.

Uma das principais conclusões do estudo é a demonstração de que existe uma mudança na via de sinalização das células infectadas: “o isoforma 3 do receptor para inositol trifosfato (ITPR3) se encontra presente nas células infectadas, mas não nas saudáveis”, explica Fernanda. Isso significa dizer que surge um novo receptor.

Uma das principais conclusões do estudo é a demonstração de que existe uma mudança na via de sinalização das células infectadas: “o isoforma 3 do receptor para inositol trifosfato (ITPR3) se encontra presente nas células infectadas, mas não nas saudáveis”, explica Fernanda. Isso significa dizer que surge um novo receptor.

Segundo ela, existe a chance desta informação levar a possíveis tratamentos contra a lesão hepática causada pela febre amarela. Como foi identificada essas alterações na Febre Amarela, pode-se futuramente empregar fármacos que modulem esta via de sinalização, restabelecendo o correto funcionamento das células hepáticas e evitando sua morte. “Caso se confirme, esta possibilidade pode ser o caminho para a produção de medicamentos específicos para a lesão hepática causada pela febre amarela”, afirma a pesquisadora.

Apesar disso, Fernanda destaca que a vacina é a melhor opção. “Ela é eficaz e segura. São raros os relatos de efeito colateral”. Ela também explica que o possível medicamento seria útil “para os raros casos de contraindicação da vacina, mas prevenir é melhor do que remediar”, reforça.

O QUE É?
A febre amarela é uma doença hemorrágica, infecciosa causada por um vírus transmitido pelos mosquitos Aedes, que também transmitem diversas outras doenças. Entre os sinais e sintomas, estão febre alta e danos em diferentes órgãos, especialmente o fígado e os rins. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a doença é difícil de diagnosticar na fase inicial e o adjetivo "amarelo" designa a tonalidade da pele que afeta alguns doentes, em fase mais avançada. Não há no momento nenhum medicamento específico contra a febre amarela, mas a vacina funciona de maneira eficaz.

 

CONTATOS PARA A IMPRENSA
Fernanda de Oliveira Lemos – Pesquisadora do Laboratório do Cálcio da UFMG.
Avenida Antônio Carlos 6627. Prédio do ICB. Departamento de Fisiologia e Bioquímica. (31) 3409 2518

 

MAIS INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA
Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais
Assessoria de Comunicação Social e Divulgação Científica
Redação: Pedro Domingos – Estudante de Jornalismo na UFMG e bolsista da Fump
Edição: Marcus Vinicius dos Santos - Jornalista
  |  www.icb.ufmg.br  |   (31) 3409 3011  |

 

 

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