A declaração, do professor Carlos Augusto Rosa, foi feita no momento de sua posse como diretor do ICB, na noite de sexta-feira, 18 de maio de 2018. “A sociedade precisa conhecer a importância da Universidade para a melhoria da qualidade de vida das pessoas”, disse, ao fazer uma análise do cenário no qual se encontra inserido o ICB e apontando caminhos e expectativas.
Participaram da solenidade, além da reitora Sandra Goulart Almeida e o vice-reitor Alessandro Fernandes Moreira; professores eméritos; dirigentes de outras unidades; servidores técnico-administrativos e docentes, da ativa e aposentados; estudantes e membros da equipe de gestão da UFMG. Os diretores do Instituto foram representados, à mesa, pelo professor Tomaz Aroldo da Mota Santos, que esteve à frente do ICB por duas gestões e foi reitor da Universidade (1994-1998).
Andréa Mara Macedo, especialmente se consideradas as enormes limitações financeiras enfrentadas e o legado que ela deixa no que se refere à administração. “Aprendi muito com ela”, agradeceu ele, que foi vice-diretor na gestão passada. “Quando começamos, em 2014, tínhamos a esperança de realizar todas as reformas necessárias para a melhoria da infraestrutura do ICB, que cresceu tanto em seus 50 anos de existência que não cabe mais dentro do atual prédio que ocupa”.
Em seu discurso, de pouco mais de dez minutos, Carlos Rosa avaliou como excelente a gestão da diretora que sai,Ele destacou contar com o apoio da Reitoria para a reforma do prédio, construído na década de 1960, e a construção do anexo de aulas práticas, do prédio das Coleções Taxonômicas e do bloco com o biotério de experimentação animal, anunciando que pretende buscar recursos de emendas parlamentares e advindos de multas de compensação ambiental. Também afirmou haver extrema necessidade de o ICB aperfeiçoar sua captação de recursos próprios.
Carlos Rosa também prontificou-se a trabalhar para melhorar a estrutura de atendimento aos alunos de graduação, consolidar o Centro de Graduação, as condições de trabalho em campo. “Pretendemos realizar um seminário de ensino, primeiro para o curso de Ciências Biológicas, mas também para os outros 20 cursos de graduação que têm aula no Instituto”, adiantou.
Dentre outros pontos, ele destacou que a gestão irá construir uma biblioteca moderna, além de oferecer aos servidores técnico-administrativos novos cursos de capacitação voltados para áreas de interesse do Instituto. Como exemplos ele citou biossegurança, manejo de resíduos e inglês. Este último dirigido a melhorar a estrutura de internacionalização das secretarias de pós-graduação. “Esta diretoria também estará sempre empenhada em fortalecer as ações do nosso Centro de Extensão. As ações de extensão representam um componente essencial para mostrar a sociedade o compromisso social da Instituição”, disse.
A vice-diretora Élida Mara Leite Rabelo concordou com o parceiro de gestão e também afirmou compromisso de conduzir suas ações com isenção e respeito a todos e, principalmente, aos órgãos colegiados. Segundo ela, a oportunidade de vivenciar o diverso em várias instâncias decisórias contribuiu para que ela aprendesse mais sobre políticas universitárias e outros órgãos institucionais e, agora, possa estar mais bem preparada para a função que passa a exercer.
Élida Rabelo também afirmou que em sua trajetória aprendeu muito com o exemplo de dedicação de vários servidores Docentes e TAEs, e com os alunos. “Todos vocês que lutam por uma universidade e por um mundo melhor merecem o nosso respeito”, declarou.
A professora Andréa Mara Macedo, que despediu-se do cargo de diretora do ICB, agradeceu e celebrou os quatro melhores 1.380 dias de sua vida, conforme ela mesma. “É, eu contei”, afirmou bem humorada, confessando que no início a responsabilidade parecia assustadora, dado o tamanho e a importância do Instituto de Ciências Biológicas, um dos mais conceituados do país.
Ela também destacou algumas realizações de sua gestão, como a criação do mestrado profissional dirigido a professores de Biologia em exercício na rede pública, o Profbio; o fato de que, entre os 13 programas de pós-graduação, 9 deles alcançaram conceitos seis ou sete junto à Capes, o que indica padrão internacional; ou a inauguração da Escuta Acadêmica e do Núcleo de Relações Internacionais. Mencionando os nomes de os servidores da Administração Central, ela agradeceu pela jornada. “De vice-diretor, agora o Carlos assume a Diretoria. Desejo que ele seja tão feliz quanto eu fui nesses anos”.
A professora Maria Helena de Lima Peres Garcia, saudou as duas diretorias: qualidades como sensatez e comprometimento estiveram à frente da “brilhante gestão de Andréa”, e, agora, na nova Diretoria, Carlos Rosa continuará o trabalho iniciado com seu estilo “firme e dócil, sábio e simples”.
Sandra Goulart Almeida, reitora da UFMG, exaltou o espírito de solidariedade e a institucionalidade com que a professora Andréa Macedo sempre pautou sua gestão (2014-2018). Após empossar os novos diretores do ICB, deu-lhes as boas-vindas como “recém-chegados ao grupo dos representantes da Universidade Federal de Minas Gerais”.
Segundo ela, a ocasião era propícia para reafirmar a maneira de a UFMG se organizar para uma gestão compartilhada, que transcende a estrutura colegiada de tomada de decisões, garantindo que Carlos e Élida poderão contar sempre com toda a equipe do reitorado para uma gestão “articulada, integrada e principalmente resistente e combativa”.
Sandra Goulart salientou que a UFMG tem as virtudes da tradição e da experiência, ao mesmo tempo que, “com a necessária ousadia, assume protagonismo crítico e propositivo nas diversas dimensões da institucionalidade e da sociedade brasileiras”. Ela também destacou o contingenciamento orçamentário que vem estrangulando as universidades federais e o desrespeito a preceitos fundamentais da Constituição, “em especial aqueles que tratam do respeito ao cidadão e às instituições públicas, do direito à liberdade de expressão e da presunção da inocência”.
Recomendando lucidez, para compreender o tempo presente, e otimismo, para a missão de antecipar o futuro, a reitora chamou a atenção para “construir um mundo novo cuidadosamente imaginado é indispensável para fazer avançar o nosso ideal de nação”.
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(Com informações de Itamar Rigueira, Cedecom UFMG)