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Na tarde do dia 27 de setembro, dia Nacional do Doador de Órgãos, foi realizado o seminário “Fígado: uma visão transdisciplinar”. O evento reuniu o público no Auditório Nobre do Centro de Atividades Didáticas 1 (CAD 1) da UFMG, no campus Pampulha e fechou o ciclo de ações desenvolvidas pelo projeto de extensão Espaço Porta, voltado para a discussão e difusão de conhecimentos sobre esse órgão.

Na programação, as boas-vindas foram dadas pela professora Daniele Souza, do Departamento de Microbiologia do ICB. Ela, que esteve à frente da organização do seminário, passou a palavra para os integrantes da mesa inicial, formada pelo Pró-Reitor de Graduação, Ricardo Takahashi; pelo Diretor do Instituto de Ciências Biológicas em exercício, Carlos Augusto Rosa; e pela presença de Audrey Salgado, que é coordenadora do Programa de Monitoria da Graduação da Congregação do ICB, ao qual o projeto Espaço Porta está vinculado.

A Professora Denise Carmona, mentora do projeto, também participou da abertura, que foi marcada por palavras sobre a importância de iniciativas que, como o Espaço Porta, articulam ações de ensino, pesquisa e extensão, gerando impactos sociais e dando visibilidade àquilo que é produzido na universidade. Ela relembrou as atividades desenvolvidas pelo projeto, e reforçou a educação como “um excelente remédio para a saúde do fígado”.

Depois da breve cerimônia de abertura, o médico infectologista Ricardo Andrade Carmo fez a palestra inaugural, que antecedeu as duas mesas redondas previstas na programação. Ele, que atende a pacientes com Hepatite e Aids, trouxe ao público suas experiências e conhecimentos em relação a Hepatite C, abordando diferentes questões voltadas à doença viral que afeta o fígado.

Entre elas, apresentou a evolução da doença hepática pelo HCV (vírus da Hepatite C), sua história natural, suas manifestações extra-hepáticas, suas vias de transmissão, seu diagnóstico e tratamento. O palestrante também situou a incidência da Hepatite C geograficamente no Brasil e no mundo, chamando a atenção para as mortes atribuídas a ela e para o fato de que a doença é a principal causa de transplante hepático em nosso país, um dos temas para os quais o Espaço Porta procurou chamar a atenção.

Ricardo Carmo deixou um panorama positivo em relação aos avanços no tratamento e às taxas de cura alcançados no Brasil, mas também chamou a atenção para desafios relacionados à acessibilidade ao tratamento, ao desenvolvimento de vacina, à ampliação do diagnóstico, ao percentual de pacientes que não respondem ao tratamento, entre outros.

Em seguida, o professor Cristiano Xavier Lima, do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da UFMG, abriu a primeira mesa redonda do seminário falando sobre Transplante Hepático. Ele começou apresentando marcos históricos do transplante do fígado no mundo e também no Brasil, que teve o primeiro transplante hepático realizado em 1968 e, hoje, realiza cerca de 1900 ao ano, alcançando a posição de 2º país em número absoluto de transplantes hepáticos no mundo.

No entanto, Cristiano Lima chamou a atenção para o fato de que o desafio de promover a acessibilidade ao transplante persiste, diante do número reduzido de equipes de transplante hepático ativas no Brasil atualmente, e também perante o fato de que a negativa familiar em relação à doação de órgãos continua muito alta.

O professor prosseguiu apresentando os desafios da educação na formação de recursos humanos para o transplante de fígado no Brasil, que foi tema central de sua palestra. Em seguida, Isabel Correia, também professora da Faculdade de Medicina da UFMG, deu continuidade às palestras falando sobre probióticos em cirurgia. Depois, a questão do transplante hepático voltou a ser discutida, pela professora Priscila Lara Vieira Bonisson, que trouxe a visão da enfermagem sobre o tema, sua área de atuação.

Após um breve intervalo, Bruno Eduardo Mota, do Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas da Faculdade de Farmácia da UFMG, iniciou as apresentações da segunda mesa redonda com a palestra Epidemiologia das hepatites virais crônicas B e D em usuários do SUS no Estado de Minas Gerais.

Depois, a participação da professora Adaliene Versiani, do Departamento de Nutrição da Escola de Enfermagem da UFMG, contribuiu com o caráter transdisciplinar do seminário falando sobre Esteatose hepática e dietas. E, ao final, uma palestra sobre o fígado como filtro imunológico fechou a programação de palestras com a participação do professor Gustavo Menezes, do Departamento de Morfologia do ICB.

 Encerramento

 No encerramento do seminário, a Cartilha “Sou o Fígado: você me conhece?” foi apresentada ao público como um dos materiais desenvolvidos pelo Espaço Porta. Elaborada com apoio da Assessoria de Comunicação Social e Divulgação Científica do ICB, a cartilha educativa sobre saúde hepática foi distribuída, ao longo do projeto, em 20 escolas municipais de Belo Horizonte. E, no dia Nacional do Doador de Órgãos, também foi levada a todas as regionais do Complexo MG Transplantes.

 

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