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Você sabia que, estudando a biodiversidade que habita no fundo dos rios, é possível avaliar o estado ecológico de suas águas? Esses organismos funcionam como bioindicadores que podem mostrar como as atividades humanas estão impactando um ambiente aquático. E este é o tema da Oficina Bioindicadores de Qualidade de Água, oferecida pelo Laboratório de Ecologia de Bentos, do dia 22 a 24 de setembro, no Ateliê Científico do MM Gerdau (Museu das Minas e do Metal).

A oficina, que faz parte das atividades promovidas pelo museu em preparação para o 8º Fórum Mundial da Água, irá transformar o Ateliê Científico em uma grande instalação voltada para a temática da água. Lá, serão realizadas brincadeiras, jogos, exposições e dinâmicas educativas abertas ao público interessado.

O objetivo é desenvolver atividades lúdicas que apresentem reflexões e bases conceituais sobre a importância da qualidade de água, sobre a biodiversidade que vive no fundo de ecossistemas aquáticos e sobre problemas ambientais frequentes, suas causas, consequências e soluções sustentáveis.

As atividades que serão levadas para o museu nesta oficina são resultado do projeto de extensão Capacitação de Professores e Estudantes em Monitoramento Participativo, que é promovido pelo Laboratório de Ecologia de Bentos em uma parceria com a Gerdau-Biocentro Germinar. Essa parceria desenvolve, há seis anos, ações de educação ambiental voltadas para mais de 50 escolas.

No projeto de extensão, professores e estudantes são treinados para que realizem o monitoramento das águas de ambientes próximos a suas escolas. “Nesse monitoramento, eles aprendem a avaliar a vida que tem no fundo dos rios como bioindicadora de qualidade de água, que é o que a gente faz no laboratório”, conta Marcos Callisto, coordenador do Laboratório de Ecologia de Bentos.

 

Mas, afinal, como o estudo da vida em ambientes aquáticos pode indicar a qualidade de suas águas?

Marcos Callisto explica que existem organismos sensíveis, tolerantes e resistentes à poluição em um gradiente de condições ambientais devido a atividades humanas. Em  ambientes em condições de referência, que são bem preservados, todos esses organismos coexistem. Mas, conforme a degradação dos ecossistemas aumenta devido ao impacto de atividades humanas, organismos sensíveis e tolerantes à poluição não sobrevivem e os resistentes predominam, ocorrendo perda de biodiversidade. “Existe um gradiente de condições ambientais e respostas biológicas a esse gradiente de atividades humanas. Quanto maior a degradação ambiental, menor é a diversidade biológica”, o pesquisador esclarece.

Marcos Callisto chama a atenção, ainda, para a escassez de água doce de boa qualidade como um risco iminente pelo qual passamos. Diante da constatação de que a água doce acessível corresponde a apenas 0,06% de toda a água do planeta e de que grande parte dela já está poluída, promover ações de educação ambiental torna-se cada vez mais importante.

 

8º Fórum Mundial das Águas

Em março de 2018, o Laboratório de Ecologia de Bentos poderá compartilhar suas ações de educação ambiental e conhecimentos técnico-científicos no 8º Fórum Mundial das Águas, evento organizado pelo Conselho Mundial da Água, pelo governo federal e pelo governo do Distrito Federal. “A proposta é que a gente leve a nossa experiência de capacitação e de empoderamento de ferramentas de diagnóstico e monitoramento por escolas como uma experiência de sucesso da universidade junto com a Gerdau, para apresentar no Fórum Mundial”, explica Marcos Callisto.

O Fórum, que vai mobilizar especialistas, governantes, organizações e toda a sociedade envolvida no tema da água, será realizado pela primeira vez no Brasil. O objetivo é promover discussões, formular propostas concretas voltadas aos desafios relacionados aos recursos hídricos e também propiciar a troca de experiências entre os participantes. 

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