Os métodos de análise fenética
se importam apenas com o grau de similaridade entre os caracteres, ou seja,
no caso de sequências de DNA, somente importa o quanto são
iguais ou diferentes as sequências em cada posição.
Os métodos de análise cladística
se importam com o estado ancestral (O) e derivado (1) de cada caracter.
Somente os estados derivados são importantes na análise cladística.
No caso de sequências de DNA, se o nucleotídeo
A está presente na posição 134 de um gene, mas uma
mutação recente mudou de A para G, então G é
o alelo 1 (derivado) e será o único alelo utilizado na análise
cladística.
O compartilhamento entre diferentes espécies do alelo 0 não é levado em consideração.
Sequências do gene DFH
posição
1 2
3 4
Orangutango AGGACAGAGTGTAGTAGTAAAAGGACCGCGT
Gorila
AGGATAGAGTGTAGTAGTAAAAGGACCGCGC
Chimpanzé
AGGATAGAGTGTAGCAGTAAAAGGACCGCGT
Homem
AGGATAGAGTGTAGCAGTAAAAGGACCACGT
Os estados ancestrais estão
em verde e derivados em vermelho.
Para esta análise assume-se que a espécie sabidamente separada
(orangutango) seja um "outgroup", ou seja, nas várias posições
da sequência nucleotídica, provavelmente o outgroup possui
quase sempre o estado ancestral. Assim os estados derivados, presentes
nas outras espécies são decididos comparando-se com o outgroup.