ESTUDOS PALEOGENÉTICOS EM REMANESCENTES PRÉ-COLOMBIANOS DOS SÍTIOS COYO ORIENTAL E CATARPE, DESERTO ATACAMA - CHILE
MARINHO, Anderson Nonato do Rosario 1; COSTA, Maria Antonieta
J. 2; BONATO, Sandro Luiz 3; SANTOS, Sidney E. Batista 1, RIBEIRO-DOS-SANTOS,
Ândrea Kely C. 1.
1 Laboratório de Paleogenética, Universidade Federal do Pará,
Brasil; 2 Museu de Arqueologia Padre Lê Paige, San Pedro do Atacama, Chile;
3 Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil.
andersonufpa@yahoo.com.br
A pré-história dos povos que habitavam o continente Sul
Americano tem auxiliado, recentemente, no entendimento do processo de migração
das populações ameríndias. Dentre os diferentes sítios arqueológicos presentes
no continente destacamos o SÍTIO COYO ORIENTAL e o SÍTIO DE CATARPE, ambos
localizados no DESERTO DE ATACAMA, CHILE. Os povos atacamenhos que habitaram o
SÍTIO DE COYO ORIENTAL sofreram significante influência em seu estilo de vida,
da cultura TIWANAKU, durante o período de 400-900 DC. Enquanto CATARPE
tratava-se de um CENTRO ADMINISTRATIVO DO IMPÉRIO INCA, cuja fundação data de
1.450 DC. Procurando o melhor entendimento acerca do processo de ocupação dos
SÍTIOS COYO ORIENTAL e CATARPE, utilizamos a investigação a partir do DNA de 25
amostras dos diferentes sítios, para caracterizar e comparar o padrão
mitocondrial de regiões codificantes e não-codificantes presente em ambos. Para isso todos os procedimentos para evitar contaminação foram realizados. O material
foi limpo e imerso em solução quelante antes do processo de extração e
purificação (IQ, Promega). Em seguida foi realizada amplificação por PCR e
sequenciamento no aparelho ABI 3130 (Applied Biosystems). Em alguns casos foram
necessários utilizar a metodologia de clonagem (pGEM-T Vector, Promega) para
obtenção de resultados mais fidedignos. Adicionalmente, todos os resultados
obtidos foram comparados com as seqüências das pessoas que participaram da
coleta e das análises em questão. Das 25 amostras processadas, obtivemos
sucesso no sequenciamento em 15 amostras, das quais quatro pertenciam ao
haplogrupo mitocondrial B; três ao haplogrupo C; duas ao haplogrupo D; e em
seis não foi possível a identificação. Apoio Financeiro: FINEP, CNPq, UFPA.
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