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11 a 14 de outubro de 2006
Estalagem das Minas Gerais
Ouro Preto - MG - Brasil

VARIABILIDADE NA SEQÜÊNCIA DE INSERÇÕES ALU DO CROMOSSOMO Y EM POPULAÇÕES NATIVAS AMERICANAS

Battilana J. 1, Salzano F.M. 2, Bortolini M.C. 2, Santos F.R. 3, Bonatto S.L. 1

1 PUCRS, Porto Alegre, Brasil, 2 UFRGS, Porto Alegre, Brasil, 3 UFMG, Belo Horizonte, Brasil.

jaquebat@hotmail.com

O episódio mais recente e significativo de colonização continental humana foi o povoamento das Américas. Conseqüentemente, a chegada de povos ao Novo Mundo tem sido alvo de intensa pesquisa científica resultando em muitas teorias e cenários sobre este evento. As principais concorrem sobre o número e idade das migrações, o tamanho e a origem da população fundadora e a rota da colonização (se pela costa ou pelo interior da América do Norte). Diversas abordagens vêm sendo empregadas ao longo de vários anos para tentar elucidar estas questões, tais como a arqueológica, lingüística, cultural, e mais recentemente, genética. Existe um grande interesse no meio científico, em saber quanto tempo foi necessário para gerar a diversidade biocultural observada nas populações nativas americanas contemporâneas. A determinação de um ponto de partida para a acumulação dessa diversidade, forneceria um ponto de calibração para estimar quão rápido a linguagem e a cultura mudam, particularmente se uma única migração primária foi a fonte para todas as populações ameríndias. O objetivo principal deste trabalho é inferir a idade da diversificação inicial das populações ameríndias através de estimativas de diversidade nucleotídica do haplogrupo/linhagem principal (Q3) do cromossomo Y de nativos americanos, e contribuir para o conhecimento de múltiplos aspectos que envolveram o povoamento das Américas. Para isso, serão seqüenciados aproximadamente 6.600pb de 13 regiões não codificantes (estabelecidos por Wilder et al., 2004) de indivíduos nativos. As taxas evolutivas serão estimadas através da comparação com àquelas homólogas de chimpanzé. As regiões escolhidas são partes de íntrons de genes conhecidos e compreendem inserções Alu, as quais foram inseridas evolutivamente recentemente no genoma de primatas e apresentam taxas de substituição rápidas. Foram escolhidas amostras de DNA de 30 homens nativos das Américas do Sul, Central e alguns da América do Norte, representando os principais grupos étnicos existentes. Até o momento foram seqüenciadas as amostras de 11 indivíduos para pelo menos 3 e no máximo 11 das 13 regiões polimórficas. A maior parte dos haplótipos encontrados foram previamente descritos (Wilder et al., 2004). Entretanto, um haplótipo foi encontrado exclusivamente em dois ameríndios para a seqüência 486. As perspectivas envolvem o seqüenciamento de pelo menos 30 amostras de homens ameríndios de diversas etnias, e a obtenção de mais sítios polimórficos na região não recombinante do cromossomo Y. Apoio Financeiro: CNPq.