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11 a 14 de outubro de 2006
Estalagem das Minas Gerais
Ouro Preto - MG - Brasil

MARCADORES AUTOSSÔMICOS POPULAÇÃO- ESPECÍFICOS (PV-92, CKM E DRD2-BcII) EM CINCO GRUPOS INDÍGENAS BRASILEIROS

Rodrigues L.T. 1, Zembrzuski V.M. 1, Hutz M.H. 1, Salzano F.M. 1, Petzl-Erler. M.L. 2, Callegari-Jacques S.M. 1.

1 UFRGS, Porto Alegre, Brasil; 2 UFPR, Curitiba, Brasil.

luciana.tovo@ufrgs.br

Em qualquer estudo genético que envolva populações humanas, como os que visam a descrever sua história evolutiva e os de associação entre marcadores genéticos e doenças, desconsiderar a informação sobre a miscigenação pode introduzir um viés importante nos resultados. A fim de fazer estudos de miscigenação, é necessária a utilização de marcadores informativos de ancestralidade dos grupos geográficos que deram origem à população estudada. Para poder calcular a contribuição de cada uma das etnias formadoras da população brasileira (sul-ameríndios, europeus e africanos), são necessários marcadores “população-específicos”. Entretanto, para a população parental nativo-americana, estes foram estabelecidos utilizando índios norte-americanos, o que pode gerar estimativas equivocadas em cálculos de miscigenação na população do Brasil. Este estudo tem como objetivo estabelecer as freqüências alélicas – ainda não descritas - para marcadores autossômicos informativos de ancestralidade nativo-americana em cinco tribos de brasileiras (Gavião N=13, Surui N=11, Wai Wai N=19, Xavante N=9 e Guarani N=145). As amostras foram genotipadas para três marcadores (PV-92, CKM e DRD2-BcII) que exibiram diferenças de freqüências (δ) maiores do que 0,300 entre as populações européia, nativo-americana e africana. As freqüências alélicas médias encontradas nos sul-ameríndios foram 0,855 (PV-92), 0,731 (CKM) e 0,887 (DRD2-BcII), que não diferem significativamente das freqüências em nativos norte-americanos (0,972; 0,904 e 0,665), exceto no locus DRD2-BcII (δ=0,222 IC95%: 0,135-0,309). Para PV-92, o valor de δ entre sul-ameríndios e europeus [δ(am/eu)] foi 0,684 (IC95%: 0,574-0,794) e entre sul-ameríndios e africanos [δ(am/af)], 0,630 (IC95%: 0,526-0,734). Para CKM, δ(am/eu) foi 0,474 (IC95%: 0,346-0,602) e δ(am/af), 0,567 (IC95%: 0,487-0,647). Para DRD2-BcII, δ(am/eu) foi 0,752 (IC95%:0,652-0,852) e δ(am/af), 0,824 (IC95%: 0,767-0,881). Portanto, esses marcadores são válidos para medir o grau de miscigenação de populações brasileiras.