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11 a 14 de outubro de 2006
Estalagem das Minas Gerais
Ouro Preto - MG - Brasil

Afinidades biológicas de crânios do final do Pleistoceno/ início do Holoceno da Savana de Bogotá, Colombia: inferências sobre a dispersão da morfologia Paleoamericana na América do Sul

Neves, W.A. 1, Hubbe, M. 2, Correal, G. 3.

1 LEEH, IB-USP, São Paulo, Brasil; 2 IIAM-UCN, San Pedro de Atacama, Chile; 3 MHN-UNC, Bogotá, Colombia.

mhubbe@ucn.cl

Durante as duas últimas décadas, estudos de morfologia comparativa dos remanescentes ósseos humanos mais antigos das Américas demonstraram que a morfologia craniana dos Paleoíndios era bem distinta daquela observada atualmente nos Ameríndios e nos grupos humanos do Leste Asiático. Tais resultados sugerem, dentre outras coisas, que as Américas foram colonizadas por duas populações biológicas distintas durante o término do Pleistoceno/início do Holoceno. Porém, com a exceção de Lagoa Santa (Minas Gerais) onde crânios humanos deste período são abundantes, remanescentes paleoíndios são raros nas Américas, tornando problemáticas as considerações acerca da dispersão geográfica da morfologia paleoamericana. Entretanto, na América do Sul, existe outra região arqueológica importante, além de Lagoa Santa, que permite uma análise aprofundada da variabilidade morfológica dos primeiros americanos: a Savana de Bogotá, na Colômbia. No presente estudo são analisados 17 crânios humanos datados entre 10 e 6 mil anos AP, exumados de 4 sítios da Savana de Bogotá. O material colombiano foi comparado com séries representativas da variabilidade mundial para testar a hipótese de que a morfologia paleoamericana estava dispersa por todo o Novo Mundo, reforçando assim a proposta baseada em indivíduos isolados. As afinidades biológicas de Savana de Bogotá foram avaliadas através de dois testes estatísticos distintos: Análise de Componentes Principais e Distância de Mahalanobis. Em ambos os casos, os resultados gerados mostram uma grande afinidade entre Savana de Bogotá e Lagoa Santa, assim como com séries Australomelanésicas e Africanas. FAPESP 04/01321-6.